No dia 29 de julho de 2023, o Boca Juniors anunciou a contratação de Edinson Cavani. Um dos maiores jogadores uruguaios de todos os tempos voltou à América do Sul. O atacante resolveu atuar na Argentina depois de uma carreira quase toda na Europa.
Na primeira temporada, Cavani não foi, na Bombonera, o atacante que todos esperavam: em 16 jogos, marcou apenas três vezes e foi colocado como moeda de troca no mercado. Chegou, inclusive, a ser especulado no Brasil. Mas, em 2024, a história é outra: o artilheiro balançou as redes 16 vezes nas 23 oportunidades que entrou em campo e, em grande reviravolta, trouxe o pensamento de uma renovação de contrato na mente dos cartolas argentinos.
Com média de 0,70 gol/jogo e um gol a cada 104 minutos em campo, Cavani conseguiu virar a chave no futebol argentino. Convidado por oGol para falar sobre a passagem do uruguaio pela Bombonera, o jornalista Darío Daicz, da Bein Sports, ressaltou a importância de Cavani atualmente.
“Ele é o emblema da equipe hoje, é a figura, é quem levanta o time emocionalmente e futebolísticamente e isso é perceptível quando ele está em campo ou quando não está em campo”, começou por comentar.
Em alta no futebol argentino, Cavani tem números ainda mais fortes quando joga em casa. Na Bombonera, o aproveitamento do uruguaio beira os tempos de PSG e Manchester United. Nas 19 oportunidades que atuou na casa do Boca Juniors, o camisa 9 marcou 12 dos 16 gols que anotou nesta temporada. Na Bombonera, Edinson se sente em casa, de fato.
Mas nem sempre foi assim. Em 2023, Cavani não foi Cavani. Poucos gols e críticas da torcida. Ia sendo colocado de escanteio. A mudança para 2024 fez muito bem ao atacante. Mais do que ser o goleador do time, o uruguaio passou a ser líder e referência ao elenco do Boca, algo que sempre foi seu sonho.
“Sem dúvida não se fala na saída de Cavani, todos pensamos que ele continuará por mais alguns anos. É o que a direção, a comissão técnica, querem. Eles contam e confiam no Cavani”, pontuou Darío sobre o futuro do atacante.
Juan Román Riquelme, presidente da equipe argentina, defende Edinson com unhas e dentes. Antes da semifinal da Libertadores de 2023, frente ao Palmeiras, quando o atacante ainda estava em baixa, o ex-camisa 10 do Boca não poupou elogios e disse ser um sonho ter o jogador em seu clube.
“Para mim, ver Cavani com o uniforme do nosso clube é um sonho. Vê-lo sempre que chega ao clube, com a felicidade que tem por estar aqui, cumprimentá-lo, abraçá-lo. Todos os dias digo a mim mesmo: ‘Cavani joga no nosso clube”, disse o ídolo xeneize.
Por esses e outros motivos que a “Operação Cavani” foi posta em prática. Com contrato que se encerra no fim da temporada de 2024, o atacante motiva uma renovação. Se Riquelme já olha para o futuro, Cavani faz parte dele.
Nos bastidores, o Boca passa por mudanças no elenco. Se por um lado Romero, Advíncula e Figal acertaram a extensão de vínculo e permanecerão no clube, Benedetto e Pol Fernández não ficarão para 2025, e Ezequiel Fernández já foi vendido. As tratativas com Cavani devem começar em breve, para que a história continue sendo escrita em Buenos Aires.
A carreira de Cavani se aproxima do fim. O Boca Juniors promete ser o último clube e espera um desfecho do tamanho que um dos maiores goleadores sul-americanos deste século merece.
Fonte: Ogol
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