Concessões: leilão na B3 é adiado e põe em dúvida apetite por contratos bilionários
Estava previsto para a tarde desta quarta-feira (14) a abertura de licitação para a concessão dos serviços de saneamento do Piauí, na bolsa de valores de São Paulo, a B3. A expectativa para este filão é explorar contratos que prometem R$ 8,6 bilhões em obras.
O prazo final para a entrega dos envelopes com as proposta dos interessados era até dia 8 de agosto. No entanto, o leilão desta quarta foi adiado por falta de propostas, segundo a B3.
De acordo com a assessoria de comunicação do estado do Piauí, o adiamento se deve a adequações que serão feitas no edital, em função dos questionamentos recebidos. A nova data será, provavelmente, em setembro.
Até o final do ano, a agenda de leilões da bolsa de valores prevê outras 17 licitações.
Os serviços são os mais diversos, de loterias à segurança e limpeza de escolas no estado de São Paulo. De estradas e rodovias, no interior de São Paulo, Goiás e Minas Gerais, até contratos avaliados em R$ 644 milhões com licitação de mobiliário urbano do Rio de Janeiro.
Em teoria, o filé mignon desta agenda são os contratos de esgotamento sanitário e abastecimento de água. De acordo com projeções de fontes do setor e consultorias, os projetos em estudo podem contratar até R$ 111 bilhões em investimentos em 12 estados.
Na prática, porém, o mercado de concessões de resíduos sólidos segue avançando a passos lentos. Um dos desafios é trazer mais empresas interessadas para o jogo.
A oferta da Sabesp, por exemplo, afunilou para apenas um investidor estratégico: a Equatorial. A Aegea, a outra candidata até então, não mandou proposta para concorrer. A empresa justificou saída por desacordo com termos do edital.
Na tabela abaixo, leilões em andamento na B3, com data marcada, até dezembro de 2024.
Fonte: Inteligência Financeira
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