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Lula diz que não reconhece Maduro como presidente e que venezuelano ‘deve explicação’

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Presidente Brasileiro Exige Explicações e Defende Coalizão ou Novas Eleições

Nesta quinta-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que ainda não reconhece Nicolás Maduro como o vencedor das eleições realizadas na Venezuela no dia 28 de julho. Em entrevista à Rádio T em Curitiba, Lula expressou a necessidade de uma explicação mais clara sobre os resultados e pediu maior transparência no processo eleitoral.

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela anunciou a reeleição de Maduro com 51,21% dos votos, enquanto o principal candidato opositor, Edmundo González Urrutia, obteve 44,2%. A oposição, assim como diversas nações, questiona a legitimidade da eleição e exige a divulgação das atas de cada uma das mais de 30 mil seções eleitorais.

Lula ressaltou que a transparência nas urnas eletrônicas, que incluem um tíquete impresso além do voto eletrônico, é crucial. “Queremos que o Conselho Nacional Eleitoral informe publicamente quem realmente venceu as eleições, pois até agora ninguém forneceu uma resposta clara”, afirmou o presidente brasileiro.

Enquanto as atas eleitorais dos partidos de apoio ao governo de Maduro foram entregues ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, a campanha de González também publicou atas que indicam uma vitória do opositor. Lula criticou a falta de transparência, afirmando que as atas deveriam ser apresentadas por uma entidade confiável, como o Conselho Nacional Eleitoral, e não pela Suprema Corte.

Lula sugeriu que um governo de coalização, envolvendo a oposição, poderia ser uma solução para a crise, ou até mesmo a convocação de novas eleições. “Se ele [Maduro] tiver bom senso, poderia convocar novas eleições e criar um comitê eleitoral suprapartidário para garantir a transparência”, disse Lula, comparando a situação com a coalização de partidos que apoiaram sua eleição em 2022.

O presidente brasileiro, que recentemente conversou com o presidente colombiano Gustavo Petro sobre a crise venezuelana, defendeu a mediação internacional para resolver o impasse. Ele ressaltou a importância de respeitar a soberania dos outros países, mas também de garantir que o processo eleitoral seja justo e transparente.

Lula ainda não se comunicou diretamente com Maduro após as eleições, com o último contato ocorrendo por telefone em junho e pessoalmente durante a cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) em Kingstown, São Vicente e Granadinas.

A Venezuela enfrenta um bloqueio econômico internacional desde agosto de 2017, o que limita seu acesso ao mercado de crédito global e, desde janeiro de 2019, também ao mercado de petróleo e outros minerais.

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