O Bolívar poderia ter voltado para La Paz com um resultado melhor. Foi um rival duro e ameaçou, mas o Flamengo, com gols de Luiz Araújo e o segundo de Léo Pereira já perto do fim, venceu por 2 a 0 para abrir vantagem nas oitavas da Libertadores.
O Rubro-Negro, mesmo castigado pelos desfalques, que ainda aumentaram no decorrer da noite, poderá perder por um gol de diferença na Bolívia que avança para as quartas.
Com Gerson aberto na direita, o Fla começou o jogo com um 4-2-3-1. Começou pressionando e, logo em um dos primeiros ataques, já colocou Lampe para trabalhar: Luiz Araújo cobrou escanteio na área e Pulgar desviou. Lampe foi bem para espalmar.
O goleiro boliviano levou a melhor, também, em um mano a mano com De Arrascaeta. O uruguaio tentou entre as pernas, mas o goleiro pegou. Na sobra, Gerson acabou mandando para fora. A pressão seguiu… Gerson voltou a ter chance na área aos 13. Lampe soltou e, no rebote, Arrascaeta até tirou do goleiro, mas Sagredo salvou em cima da linha.
O Bolívar sofreu por 20 minutos. Foi quando, pela primeira vez, conseguiu sair do sufoco. E criou boa chance na área com Oviedo, a principal referência ofensiva da equipe. O atacante teve chute bloqueado e por pouco não abriu o placar.
Foi justamente quando os bolivianos se adiantaram mais, e começaram até a pressionar alto, que o Fla, em contra-ataque, chegou ao gol. De Arrascaeta adiantou o lance com Pedro, que enfiou nas costas da defesa para Luiz Araújo. O ponta saiu na cara do gol e tirou de Lampe para abrir o placar.
Quando o jogo parecia ficar mais fácil para os cariocas, uma péssima notícia para Tite: Pedro arrancou em velocidade do meio-campo mas, quando chegou próximo da área, sentiu lesão e pediu para deixar o campo. O alento foi o apoio das arquibancadas quando Gabigol entrou em seu lugar.
Os bolivianos quase empataram aos 42, após bela troca de passes. O brasileiro Fábio Gomes recebeu de Oviedo na cara do gol e tentou tirar de Rossi, mas não conseguiu e Fabrício Bruno ficou com a bola. O duelo ia ficando perigoso. Oviedo, aos 44, ganhou dividida com Varela e bateu forte, no travessão. Apesar de o árbitro, em seguida, ter marcado falta, o alerta estava ligado.
O início de segundo tempo foi de pressão rubro-negra. O Bolívar tentou deixar o jogo físico para sair do sufoco. Parou com faltas, esfriou com reposições lentas, enervou o adversário. A torcida também perdia a paciência nas arquibancadas.
Com um modelo de jogo posicional, mas sem aproximações, o Rubro-Negro tinha muita dificuldade. Não era só ceifado por decisões individuais ruins, mas por comportamentos coletivos pouco coordenados. Lampe já não era nem mais ameaçado.
Tite, tentando mudar o cenário, recuou Gerson e colocou Carlinhos ao lado de Gabigol. Um 4-4-2 que poderia virar, como fizera muitas vezes na seleção, um 4-2-4. O Bolívar foi jogado para trás. Após cruzamento de Ayrton Lucas, Carlinhos desviou de cabeça e Lampe trabalhou bem para evitar o gol.
Depois de tanto sufoco, os bolivianos conseguiram uma escapada para o ataque aos 39 e quase empataram. Yomar Rocha recebeu cruzamento na área e apareceu sozinho para cabecear. O torcedor carioca prendeu a respiração: a bola foi no travessão.
O alívio rubro-negro veio quase nos acréscimos. Após cobrança de escanteio de Luiz Araújo pela direita, Léo Pereira ganhou no alto e superou Lampe para abrir 2 a 0. Um placar um pouco mais confortável para subir para La Paz, apesar de aumentar a lista de desfalques no fim com lesão também de Gabigol.
Fonte: Ogol
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