O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o movimento islamista palestino Hamas trocaram acusações neste domingo (18) sobre o fracasso das negociações para um cessar-fogo em Gaza. As discussões ocorreram enquanto o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, chegava a Israel. Netanyahu pediu à comunidade internacional que pressione o Hamas a negociar uma trégua, enquanto o grupo palestino acusou o primeiro-ministro israelense de “obstruir” um acordo após negociações em Doha. O grupo terrorista responsabilizou Netanyahu pelo fracasso das negociações e pela situação dos reféns em Gaza. Apesar das dificuldades, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que ainda acredita ser possível alcançar um cessar-fogo e destacou a presença de Blinken na região como parte dos esforços para conseguir esse objetivo.
Esta é a nona visita de Blinken ao Oriente Médio desde o início do conflito, que começou há mais de dez meses após um ataque do Hamas em Israel em 7 de outubro. O chefe da diplomacia americana se reunirá com Netanyahu, o ministro da Defesa Yoav Gallant e o presidente Isaac Herzog nesta segunda-feira (19), antes de viajar ao Egito na terça (20). Netanyahu reforçou a necessidade de “forte pressão” sobre o Hamas e criticou a “rejeição obstinada” do grupo a uma trégua. As negociações indiretas para um cessar-fogo entre Israel e Hamas devem ser retomadas no Cairo, na semana que se inicia nesta segunda. Mediadores dos EUA, Catar e Egito mencionaram progressos nas conversas, mas o Hamas rejeitou as propostas americanas, acusando-as de serem impositivas.
Durante a visita de Blinken, ele buscará finalizar um acordo de cessar-fogo e garantir a libertação de reféns. O plano proposto pelos EUA inclui uma trégua inicial de seis semanas e a retirada das tropas israelenses de Gaza em fases. Enquanto isso, a ofensiva israelense em Gaza continua, com relatos de 11 mortes em bombardeios neste domingo (18). Ontem, dois terroristas do Hamas foram mortos durante um ataque aéreo israelense a um veículo em Jenin. A ofensiva de Israel em Gaza deixou pelo menos 40.099 mortos, segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas, que não detalha quantos são civis ou terroristas.
*Com informações da AFP
Publicado por Felipe Cerqueira
Fonte: Jovem Pan News
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