O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou nesta segunda-feira (19) “mártires” duas mulheres militantes chavistas que teriam morrido após as eleições de 28 de julho. Sem apresentar provas, Maduro acusa os líderes da oposição majoritária, Edmundo González Urrutia e María Corina Machado, pelas mortes. “Peço as mais sublimes homenagens a elas como mártires dessa revolução antifascista”, disse o chefe de Estado em uma reunião com o governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) transmitida pelo canal estatal “VTV”.
Maduro assegurou que ambas as mulheres “foram assassinadas” “pelos comanditos” – grupos de organização política da campanha da maior coalizão da oposição, a Plataforma Unitária Democrática (PUD) – de “María fascista Machado e do criminoso covarde Edmundo González”, e destacou que “todos os autores intelectuais e materiais” foram “capturados”.
O líder chavista, declarado vencedor da eleição presidencial com base em resultados que ainda não são conhecidos de forma detalhada, argumentou que esses são crimes de ambos os oponentes, para os quais ele recentemente pediu prisão por supostas ações “criminosas” após as eleições, nas quais a PUD afirma que seu porta-estandarte venceu.
Maduro, que reiterou que dois militares também foram mortos, garantiu que a Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar), a Polícia Nacional Bolivariana (PNB) e algumas forças de segurança regionais “salvaram centenas de cidadãos das garras dos fascistas”.
De acordo com os números oficiais, mais de 2.400 pessoas foram presas durante os protestos pós-eleições – alguns dos quais resultaram em violência – nos quais, além disso, foram registradas 25 mortes, que a Procuradoria-Geral atribui a “grupos criminosos instrumentalizados” pelos “comanditos”.
Por sua vez, o antichavismo majoritário pediu a libertação das pessoas detidas por protestarem contra o resultado oficial das eleições e o “fim da perseguição”. Na semana passada, o alto comissário das Nações Unidas para os direitos humanos, Volker Türk, denunciou o “alto número contínuo de prisões arbitrárias” e o “uso desproporcional” da força relatados após os protestos, uma alegação que o governo rejeitou.
*Com informações da EFE
Publicado por Carolina Ferreira
Fonte: Jovem Pan News
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