Pedro, Gabigol, Arrascaeta, Cebolinha, Viña… O Flamengo reclama do calendário do futebol brasileiro no momento que mais sofre com lesões na temporada. Com o departamento médico cheio, o clube busca peças de reposição em um mercado em que corre o risco, ainda, de perder jogadores influentes.
A drama do DM começou a crescer na vitória do Rubro-Negro sobre o Bolívar, por 2 a 0, pelo jogo de ida das oitavas de final da Libertadores, depois de duas – importantes – baixas no ataque: Gabriel Barbosa e Pedro, que deixaram o gramado com dores na coxa.
Mais recentemente, Arrascaeta sofreu uma lesão no joelho e precisou ser substituído na partida contra o Botafogo. Ele deixou o campo com menos de dez minutos, e o clube não divulgou uma previsão de retorno até o momento.
A equipe carioca ainda tem os desfalques de Everton Cebolinha, uma ruptura do tendão de Aquiles do tornozelo esquerdo, e Matías Viña, com problemas no menisco do joelho direito e ligamento cruzado anterior. Os dois precisaram passar por cirurgia e estão fora desta temporada.
Já Nico De La Cruz foi poupado do clássico por desgaste físico e, assim como Arrasca, é dúvida para o jogo do meio de semana, na quinta, em La Paz.
Além das baixas do DM, o Fla se vê perto de negociar dois nomes: Fabrício Bruno e Wesley. A situação do zagueiro já esteve mais encaminhada, enquanto o lateral já tem saída certa para a Atalanta.
Os desfalques geram desgaste na comissão técnica rubro-negra, que bate sempre na tecla do calendário desgastante nas coletivas. Tite tenta achar saídas no elenco, e já usou diversos jogadores improvisados: Léo Ortiz no meio, Léo Pereira na esquerda…
O calendário do futebol brasileiro sempre foi alvo de críticas. Um dos seus principais ‘haters‘ é Tite, que comandou a seleção brasileira por mais de seis anos e já foi também o “inimigo”, ao desfalcar clubes com convocações pelo Brasil. Ele costuma reclamar sobre o pouco tempo de recuperação dos atletas e do desgaste físico que o Flamengo possui, por exemplo.
Apesar de as críticas do treinador serem justas, o Rubro-Negro – no ranking entre os clubes da Série A, que mais fizeram partidas em 2024 – não está entre os que mais jogaram. Ao todo, o Flamengo realizou 48 jogos. Menos que Fortaleza (54), Botafogo (53), Bahia (52), Palmeiras (51) e Athletico Paranaense (51).
Ainda assim, Tite e companhia tentam superar as lesões, e as possíveis saídas de jogadores, e olha para o mercado de transferências, já perto de fechar, em busca de peças de reposição.
A janela de transferências do futebol brasileiro se fecha no dia 02 de setembro e, com os problemas de última hora, a solução está em se lançar ao mercado. Se esse não era o plano, o Flamengo precisa mudar a estratégia e ser agressivo.
Antes de todas as lesões, o foco da diretoria estava em achar uma peça de reposição para Arrascaeta. Não à toa, o time fez propostas por Claudinho, do Zenit, e Carlos Alcaraz, do Southampton, sem sucesso.
Agora a prioridade mudou e a diretoria já decidiu que irá atrás de substitutos para Cebolinha e Viña e expandirá os planos que tinha para o mercado. O Conselho de Futebol, formado por Marcos Braz (vice-presidente), Bruno Spindel (diretor executivo), Diogo Lemos, Reinaldo Belotti (CEO), Bernardo Amaral do Amaral e Zé Luiz, se reuniu na Gávea, na última semana, para debater nomes e estratégias para reforçar o time.
Para as laterais, o nome de Alex Sandro vem ganhando força na Gávea para a esquerda. Para a direita, Vitinho, do Burnley, agrada, mas a competição pelo jogador não é pequena.
Para o ataque, além de trazer Michael, já dado como certo, para ser opção para as pontas, o Fla busca um camisa 9. A imprensa argentina informou que Darío Benedetto, ex-Boca, teria negociação encaminhada para se mudar para o Rio.
Ainda com muitas interrogações, o Fla, que já “sobreviveu” até o fim da Copa América, espera se manter vivo na luta pelos títulos até o fim da janela de transferências, à espera de reforços.
Fonte: Ogol
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