Pela segunda temporada consecutiva, a semifinal do Campeonato Brasileiro Feminino será disputada apenas por clubes do futebol paulista. Corinthians, Ferroviária, São Paulo e Palmeiras confirmaram o favoritismo da primeira fase, após avançar nas quatro primeiras colocações, e confirmaram no mata-mata o domínio paulista na competição nacional.
Apesar da superioridade histórica do Estado no cenário do futebol feminino, o domínio completo no Brasileirão nunca havia ocorrido até a edição do ano passado. A única diferença em relação a última temporada é a presença do Palmeiras entre os semifinalistas. Em 2023, o Verdão caiu nas quartas para o São Paulo e a outra vaga paulista foi ocupada pelo Santos.
O rebaixamento das Sereias da Vila nesta temporada acabou não sendo um impeditivo para os clubes paulistas também formarem maioria entre os classificados para a fase de mata-mata. No seu retorno à elite do feminino, o Red Bull Bragantino desbancou camisetas pesadas e chegou pela primeira vez nas quartas de final.
Desde 2013, o futebol paulista esbanja protagonismo no Campeonato Brasileiro chegando em maior volume em todas as semifinais das edições da competição. Nos últimos anos, clubes do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Amazonas, Piauí e Paraná se tornaram intrusos entre os paulistas e tentam resistir à soberania.
Em 2021 e 2022, o Internacional consolidou sua expansão no futebol feminino e carimbou presença em duas semifinais, conquistando um vice-campeonato contra o Corinthians na segunda tentativa. Antes das Gurias Coloradas, o Avaí/Kindermann em três oportunidades se tornou o “estranho no ninho” e marcou presença entre os paulistas.
A história dos Campeonatos Brasileiros Femininos também reservou espaço para as resistências de Flamengo (2016, 2018 e 2019), Iranduba-AM (2017), Tiradentes-PI (2016), Botafogo (2014) e Foz Cataratas (2013).
Neste contexto, em 12 edições do Brasileirão, apenas duas vezes os clubes paulistas tiveram os seus domínios equilibrados em disputas de semifinais. Em 2014, Botafogo e Avaí/Kindermann brigaram pelas vagas na decisão com Ferroviária e Centro Olímpico e, apesar de não ficarem com o título, impediram a presença de três ou mais times paulistas na fase.
O cenário somente se repetiu cinco anos depois, quando o Leão Catarinense voltou a ser resistência e chegou na disputa pela vaga na decisão ao lado do Flamengo. Na oportunidade, porém, os dois clubes ficaram de fora da final e título ficou com a Ferroviária, que bateu o Corinthians.
O domínio paulista desde os primórdios da disputa entre as mulheres não se resume apenas a Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos e Ferroviária. A hegemonia do estado passou de mão em mão e também contou com as participações de Rio Preto, São José e Centro Olímpico para manter intacta a vantagem regional do estado que se consolidou como uma potência (até aqui) insuperável no futebol feminino.
Semifinalistas desde 2013 (Campeões em destaque):
2013 – Rio Preto, São José, Foz Cataratas e Centro Olímpico
2014 – Ferroviária, Centro Olímpico, Avaí e Botafogo
2015 – Rio Preto, Tiradentes-PI, Centro Olímpico e São José
2016 – São José, Ferroviária, Rio Preto e Flamengo
2017 – Rio Preto, Santos, Corinthians e Iranduba-AM
2018 – Flamengo, Corinthians, Ferroviária e Rio Preto
2019 – Ferroviária, Corinthians, Flamengo e Avaí
2020 – São Paulo, Palmeiras, Corinthians e Avaí
2021 – Inter, Ferroviária, Corinthians e Palmeiras
2022 – Inter, São Paulo, Corinthians e Palmeiras
2023 – Ferroviária, São Paulo, Corinthians e Santos
2024 – Ferroviária, São Paulo, Corinthians e Palmeiras
Fonte: Ogol
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