Domingo, Novembro 24, 2024
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Na contramão de Barça e Real, Atlético faz mercado ‘gordo’ para sonhar alto

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O mercado de transferências foi menos “galáctico” em La Liga nesta temporada. Os clubes espanhóis gastaram, por exemplo, quatro vezes menos que as equipes da Premier League, que superaram os 2 bilhões de euros em investimento em novos jogadores. O Atlético de Madrid foi um ponto fora da curva: os Colchoneros abriram os cofres para reformular o elenco em busca de desafiar a soberania de Barcelona e Real Madrid. 

Nesta janela, o Barcelona praticamente só gastou os 55 milhões de euros que investiu em Dani Olmo, enquanto os Merengues assinaram com seu principal reforço sem pagar taxa de transferência (apesar das luvas milionárias). Fora Endrick, em transação fechada em janelas anteriores e que, até o momento, com valor fixo e cláusulas de bônus ativadas, rendeu 47,5 milhões ao Palmeiras, o time não gastou com reforços. 

O Atleti é o ponto fora da curva entre os clubes de La Liga. O investimento de 185 milhões de euros em novas contratações representa 33% do valor total gasto por todos os clubes do Campeonato Espanhol. Na última janela de verão, por exemplo, os Colchoneros haviam gastado apenas 35 milhões. 

A equipe colchonera é a terceira que mais investiu na janela de verão na Europa, atrás apenas de Chelsea e Brighton, da Premier League. Julián Álvarez, que chegou do Manchester City por 75 milhões de euros, foi a contratação mais cara de toda a janela europeia. 

O investimento foi impulsionado, também, pelas vendas que o clube fez nesta janela. Com a negociação de jogadores, os Rojiblancos receberam perto de 90 milhões de euros, negociando Soyuncu (Fenerbahçe), Morata (Milan), João Félix (Chelsea) e Samu Omorodion (Porto). 

Com as movimentações, Diego Simeone conseguiu diminuir a média de idade da equipe em quase um ano (foi dos 26,06 de 23/24 para 25,29 de 24/25). O argentino conseguiu, também, ter profundidade no elenco, com boas opções em todos os setores. 

Dos alvos iniciais dos Colchoneros no mercado, apenas dois não chegaram: David Hancko e Mikel Merino. Foram duas negociações complexas, nas quais Feyenoord e Athletic fizeram jogo duro. O primeiro seguiu na Holanda, enquanto o segundo, no fim, acabou negociado com o Arsenal. 

Com defensor canhoto, o Atleti apostou no francês Clément Lenglet, de 29 anos, que chega por empréstimo do Barcelona. O maior investimento para a defesa foi Robin Le Normand, campeão europeu com a Espanha que custou 35,5 milhões de euros. 

No meio, sem conseguir Merino, o Atlético se acertou com o Chelsea e pagou 42 milhões de euros por Conor Gallagher. Mas o maior investimento foi para o ataque: Julián Álvarez custou 75 milhões de euros, como dito, e foi a contratação mais cara da janela na Europa. Além do argentino, o Atleti trouxe Alexander Sorloth, do Villarreal, por 32 milhões. 

Oblak ainda ganhou um reserva para o gol: Juan Musso vem da Atalanta. Além dos reforços, o Atlético contou com os retornos de Javi Galán e Giuliano Simeone, que estavam emprestados. Galán, lateral esquerdo, pode receber mais oportunidades por uma nova tendência de Simeone: o argentino usa cada vez mais o ala brasileiro Samuel Lino por dentro, como um meia.

Em um início de temporada ainda irregular, o Atlético de Madrid vai mostrando sua “nova versão” aos poucos. Mas o mercado indica que a equipe irá sonhar alto na temporada. 

Fonte: Ogol

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