Domingo, Novembro 24, 2024
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Autor de hat-trick em final Mundial, Éder Lima fala sobre a experiência em Copa e sucesso no JEC

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Autor de hat-trick em final de Copa do Mundo e com três participações em Mundiais no currículo, Éder Lima só não estará no Uzbequistão para mais uma disputa por conta da ausência da seleção russa. O experiente pivô construiu uma carreira consolidada na Europa, abraçou o país através do futsal e se naturalizou para defender o selecionado.

Éder Lima dedicou mais de dez anos da sua carreira para atuar no Gazprom-Ugra. O clube russo foi uma das grandes potências continentais nas últimas duas décadas. Durante a longa passagem do pivô, a equipe conquistou a Superliga, Copa da Rússia, Liga dos Campeões e Copa dos Campeões.

“Nasci no Brasil, tenho minha família inteira aqui, é um lugar que amo, mas a Rússia também é muito especial para mim. Mudou minha vida, construí minha carreira e tenho amigos que converso até hoje que moram lá. Foi um país que me acolheu e pude retribuir isso dentro de quadra”, destacou Éder em entrevista para o Programa De Bica, do canal oGol no YouTube,.

“É uma pressão muito grande defender um país diferente. E ainda jogar uma Copa do Mundo, uma Eurocopa, com pressão da torcida, pressão do presidente. Não é fácil de lidar. Lá ainda tem muito preconceito com cores e com nacionalidades diferentes. Uma vez ouvi de um treinador ‘por favor, cuidado para não errar’, pois sabia que a pressão seria maior.  Mas consegui me sair bem e gerei resultado dentro de quadra. Fui artilheiro do Mundial e da Euro, fui eleito o segundo melhor do mundo. Então consegui deixar um legado pela seleção”, completou.

Éder Lima defendeu a Rússia em três edições de Copa do Mundo e quatro da Eurocopa, mas não conseguiu conquistar títulos. Em 2016, o pivô ficou próximo de dar o primeiro título mundial e marcou três gols na final contra a Argentina. Porém, em casa, a Albiceleste superou a atuação de gala do russo-brasileiro e comemorou a conquista inédita.

“A Copa do Mundo é uma atmosfera única, eu joguei três Mundiais, sou o sexto maior artilheiro e com certeza estaria preparado para estar presente neste ano. Tanto eu quanto o Robinho, meu companheiro aqui em Joinville. Infelizmente são situações que fogem do nosso alcance”

“Fica a lembrança do que já fizemos. Aquela final contra a Argentina, a felicidade de estar em uma decisão de Copa e ainda poder marcar três gols. Nós vivemos momentos que as vezes é difícil de acreditar. Antes da partida, recebemos um vídeo em que visitaríamos o presidente do país se conquistássemos o título. Infelizmente não veio, mas a experiência daquele momento ficou guardada para sempre”, completou.

Com a experiência de poucos quando o assunto é Copa do Mundo, Éder avaliou a edição deste ano como uma das mais equilibradas de todos os tempos. Para o jogador, o crescimento de seleções emergentes colocou em xeque a hegemonia das grandes potências.

“Eu acompanho muito o futsal de seleções e vejo um Mundial muito competitivo. Eu vejo o Irã, Marrocos, Portugal, Espanha e Argentina como fortes adversários para o Brasil. Hoje, já não existe mais aquele tempo onde a seleção brasileira goleava qualquer adversário. As principais seleções mantiveram suas safras fortes e conseguiram revelar bons talentos nas novas gerações, então será uma edição ainda mais equilibrada”, avaliou o pivô.

De volta ao futsal brasileiro há nove temporadas, Éder passou por Magnus, Corinthians e ACBF antes de desembarcar em Joinville em 2023. Contratado para ser uma das lideranças experientes do elenco do JEC, o pivô conquistou cinco títulos desde que assinou com o time catarinense.

Nas últimas semanas, Éder Lima colocou mais um título inédito na sua galeria e ajudou o Joinville a conquistar a Taça Brasil, sua segunda conquista nacional pelo clube. 

“Eu tive o prazer de defender os maiores clubes do Brasil e sempre coloquei como objetivo conquistar grandes títulos por todos os lugares onde passei. E no JEC não está sendo diferente. A Taça Brasil era um foco da nossa equipe nesta temporada e chegamos muito concentrados para a competição, conseguindo nosso objetivo”, avaliou.

Além do título nacional, a Taça Brasil rendeu ao JEC a chance de voltar a brigar pela Libertadores. A competição premia o vencedor com uma vaga direta na Supercopa 2025, disputa que define o representante brasileiro no torneio continental. No passado, o Coelho bateu na trave no sonho de conquistar a América.

“Foi uma decepção muito grande não ter conquistado a Libertadores. Eu tive a infelicidade de contrair dengue durante a preparação e perdi os primeiros jogos. Quando fiquei à disposição ainda não estava com as minhas condições físicas plenas e infelizmente perdemos na decisão. É um título que ainda não tenho na minha carreira e um sonho que ainda quero realizar aqui”, relembrou Éder.

Vice-artilheiro do JEC na temporada passada, com 17 gols, e terceiro principal goleador neste ano, com dez, Éder Lima ainda não pensa na aposentadoria. Aos 40 anos, o jogador ainda promete seguir na ativa enquanto estiver dando resultado dentro de quadra.

Além do futuro na carreira, Éder Lima também falou sobre a decisão de ida para o Joinville, sobre a participação na vinda do ex-companheiro de seleção Robinho, o tempo de trabalho com Cassiano Klein e muito mais. Confira o episódio na íntegra no Canal oGol no YouTube.

Fonte: Ogol

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