O antichavismo agrupado na Plataforma Unitária Democrática (PUD) repudiou que o governo da Venezuela revogasse a autorização que havia concedido ao Brasil para representar os interesses da Argentina em Caracas – após a expulsão dos diplomatas argentinos em agosto -, onde seis opositores estão asilados. Através de um comunicado, a PUD afirma que “esta grave decisão” é tomada em um momento em que a comunidade internacional exige “provas que comprovem o resultado” anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral, que proclamou a vitória do presidente Nicolás Maduro nas eleições presidenciais, um resultado que o bloco antichavista denuncia como “fraudulento” e que vários governos estrangeiros questionam.
A coligação da oposição manifestou sua preocupação com seis requerentes de asilo, que denunciam desde a noite da última sexta (6) o “cerco” de agentes de segurança à parte externa da residência diplomática, que prosseguia até ontem, segundo um dos refugiados, Pedro Urruchurtu. Perante isto, a PUD exigiu o “estrito cumprimento da regulamentação internacional em vigor”, bem como a cessação “imediata” do “cerco” à sede diplomática. O governo da Venezuela revogou a autorização ao Brasil por suposto planejamento de “atividades terroristas” dos refugiados nas instalações argentinas, a quem também acusou de planejar “tentativas de assassinato” contra Maduro e a vice-presidente executiva, Delcy Rodríguez.
Após a medida, o Itamaraty indicou que “permanecerá com a custódia e defenderá os interesses” da Argentina até que o país “designe outro Estado aceitável” para o governo de Maduro, a fim de desempenhar essas funções. Além de Urruchurtu, os requerentes de asilo são Magalli Meda, Claudia Macero, Humberto Villalobos – todos membros do partido Vamos Venezuela -, o ex-deputado Omar González e Fernando Martínez Mottola, assessor da PUD, que se refugiou em março após ser acusado pelo Ministério Público de conspiração e traição, entre outros crimes.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Marcelo Bamonte
Fonte: Jovem Pan News
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