Quinta-feira, Setembro 19, 2024
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Promotor acusa policial federal de colaborar com organização criminosa no caso “Playboy da Mansão”

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Gerson Araújo, do Gaeco, expõe elo entre Everaldo Monteiro e grupo liderado por Jamil Name Filho

Finalizando sua acusação, o promotor Gerson Eduardo de Araújo, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), afirmou que o policial federal Everaldo Monteiro teria “trabalhado para os dois lados”, atuando tanto para a Polícia Federal quanto para a organização criminosa liderada por Jamil Name Filho, acusada do assassinato de Marcel Hernandes Colombo, conhecido como “Playboy da Mansão”.

A fala de Gerson, que teve início pouco antes do meio-dia e se estendeu até 12h45, foi contundente ao expor que as investigações revelaram pesquisas feitas por Everaldo com login e senha da PF, envolvendo desafetos de Jamil Name Filho, cujos dados estavam armazenados em um arsenal de guerra apreendido. O promotor destacou que essas pessoas eram vistas como inimigas de Jamil e que as pesquisas feitas por Everaldo incluíam informações sigilosas, como registros de ligações e localização, sem qualquer vínculo com o tráfico de drogas, como alegado pelo réu.

Everaldo admitiu ter realizado as pesquisas antes da apreensão, o que, segundo Gerson, é uma grave infração, pois envolvia pessoas que não tinham qualquer relação criminosa, mas apenas desavenças com Jamil. O promotor reforçou que Everaldo fornecia dados confidenciais para a organização criminosa, usando inclusive um pendrive rosa, admitido como seu, que foi encontrado no arsenal. A versão de que o dispositivo foi furtado em um bar foi contestada por Jamilzinho, que afirmou que Everaldo frequentava sua casa e que o pendrive poderia ter sido recolhido por uma funcionária.

Gerson também relatou ameaças feitas por Jamilzinho a outros desafetos, como o advogado Antônio Augusto Souza Coelho, que disputava terras com a família Name, e Francisco Neri, cujas desavenças foram mencionadas em depoimentos lidos pelo promotor.

O vínculo entre Everaldo e a organização criminosa foi evidenciado ainda por trocas de mensagens entre o policial e Jamil Name Filho, que o chamava de “Clóvis”, enquanto Everaldo se referia a ele como “Bob”. As conversas revelaram a troca de informações sensíveis e o uso de colegas para obtenção de dados sigilosos, além de outros benefícios oferecidos ao policial, como viagens.

Gerson encerrou sua argumentação pedindo a condenação dos réus, enfatizando que as evidências confirmam a relação de Everaldo com a organização criminosa e sua responsabilidade na ocultação de armas.

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