Era uma noite difícil para o Atlético, que pressionava, mas não conseguia mandar a bola para a rede. Gabriel Milito, tanto criticado, colocou Deyverson em campo ainda no primeiro tempo. No segundo, inverteu Scarpa e Hulk. E foi assim, de um cruzamento de Scarpa pela esquerda, e outro de Hulk pela direita, que o Galo superou o Fluminense, com dois gols de Deyverson, por 2 a 0, para se garantir nas semifinais da Libertadores.
Após perder por 1 a 0 no Rio, o Alvinegro reverter o quadro em BH, em noite inspirada de Deyverson, e agora será o adversário do River Plate na semifinal.
O Fluminense começou o jogo acuado. Não demorou muito para o Atlético chegar com perigo. Praticamente em um dos primeiros ataques, Guilherme Arana ficou com sobra de bola na área e buscou arremate de canhota. A bola pegou no braço de Arias. O árbitro marcou pênalti. Só que Hulk, na cobrança, parou em Fábio.
Os mineiros tentaram não arrefecer a pressão. Continuaram em cima, e, por mais que Mano pedisse no banco, o Flu não conseguia sair da defesa. Scarpa continuou a aparecer bem pela direita, buscando quase sempre cruzamentos na área tricolor. Quando não cruzou, Scarpa cortou para dentro e bateu no cantinho. A bola passou perto da trave de Fábio.
Pouco depois, nova chance clara. Após troca de passes pelo meio, Arana recebeu na canhota e bateu cruzado. Fábio desviou, e a sobra ficou na área para Hulk, que teve de finalizar de perna direita. A bola foi no lado de fora da rede. Os cariocas se salvaram mais uma vez.
Aos 23 minutos, o Tricolor conseguiu sair pela primeira vez. Através de cobrança de falta de Ganso, que achou Kauã Elias na frente, no entrelinhas. O jovem avançou na direção da área, limpou a marcação e bateu de perna direita, mas Junior Alonso ainda conseguiu desviar. Thiago Silva ameaçou na sequência do escanteio.
O susto não mudou o panorama da partida. O Galo continuou a trocar passes no campo de ataque. Aos 30 minutos, logo depois de outra reclamação de pênalti (dessa vez não ouvida pelo árbitro), Battaglia soltou a pancada de fora da área e fez tremer a trave de Fábio.
Figuras como Battaglia e Lyanco passaram a aparecer cada vez mais na frente. Não tinha quem defender. Depois de chegada de Lyanco pela direita, a bola sobrou na área para Arana, que bateu de canhota. A bola, desviada, saiu perto da trave de Fábio. Foi um milagre o 0 a 0 ao intervalo. A torcida carioca precisou pedir à bênção a João de Deus.
O gol tão buscado pelo Atlético no primeiro tempo saiu logo no início do segundo. Scarpa, deslocado para a ponta esquerda, cruzou de lá na medida para Deyverson, de cabeça, ganhar de Thiago Silva e inaugurar o marcador na Arena MRV.
O Flu quase empatou no ataque seguinte. Kauã Elias abriu na frente para infiltração de Bernal, que teve a chance do arremate e mandou de canhota, mas por cima do gol. Só que a pressão seguiu do outro lado. Ainda antes dos dez minutos, Scarpa recebeu de Paulinho na área e bateu cruzado de perna direita. A bola passou perto da trave.
Quem teve chance inacreditável foi Paulinho. Ainda aos nove. Deyverson recebeu bola por elevação de Hulk na área e deixou na boa para Paulinho, livre, quase na pequena área. O atacante desperdiçou uma chance claríssima, inacreditável. Na sequência, Scarpa bateu no ângulo de fora da área. Inacreditável foi a defesa de Fábio.
Vendo sua equipe sofrer com as bolas altas, Mano mandou a campo Antônio Carlos no lugar de Kevin Serna. Formou uma linha de 5 na defesa, e conseguiu arrefecer a pressão adversária. O duelo perdeu um pouco de intensidade ao longo da etapa final.
A estratégia do Flu era clara: levar o jogo para os pênaltis. O Alvinegro continuou em cima, criando menos, e não aproveitando quando chegava na cara do gol. Paulinho desperdiçou outra chance cara a cara, chutando fraco para a defesa de Fábio.
Quem não estava para desperdiçar as chances era Deyverson. E já perto do fim, Marcelo saiu para fazer falta no meio, só que o Atlético levou a vantagem. Hulk ficou com a bola com liberdade pela direita e cruzou para Deyverson aparecer já na pequena área, desviar e mandar para a rede.
Fonte: Ogol
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