O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta quinta-feira (26) que o WhatsApp teria feito “trabalho de espionagem” em meio à crise pós-eleitoral. Em uma reunião com o alto comando militar em Caracas, Maduro afirmou que a plataforma foi usada em uma “operação de terrorismo psicológico” após as eleições de 28 de julho. “Eles usaram mecanismos como o WhatsApp, vocês sabem disso, o WhatsApp deu (à oposição) um trabalho de espionagem que vocês certamente terão estudado”, disse. “É preciso estudar o trabalho de espionagem que o WhatsApp fez, espionagem entre o povo”, complementou.
O presidente afirmou que milhares de “líderes populares” foram atacados com mensagens de ódio após a divulgação dos seus números de contato nas redes sociais. Maduro foi declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para um terceiro mandato, apesar das alegações de fraude levantadas pela oposição, liderada por María Corina Machado. A oposição contesta os resultados, afirmando que o vencedor foi Edmundo González Urrutia, que recebeu asilo na Espanha no dia 8 de setembro.
Os protestos que eclodiram após as eleições resultaram em uma tragédia, com 27 mortos e cerca de 200 feridos. Em resposta a essa situação, Maduro fez um apelo para que a população boicotasse o WhatsApp, optando por utilizar aplicativos alternativos, como o Telegram, para se comunicar. O presidente inclusive retirou o aplicativo de seu celular durante um programa transmitido pela televisão estatal. A crise política na Venezuela continua a se intensificar, com a oposição buscando formas de contestar a legitimidade do governo de Maduro.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Carol Santos
Fonte: Jovem Pan News
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