Caminhoneiro receberia carreta como pagamento pelo transporte da droga
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou a maior apreensão de maconha de 2024, com um total de 28,280 quilos da droga, durante abordagem na rodovia MS-156, nesta quarta-feira (27). A carga ilícita estava escondida em meio a uma carreta carregada com milho a granel, registrada com placas do Rio Grande do Sul.
O caminhão, conduzido por Paulo César Portiel, de 47 anos, natural de Santa Catarina, foi interceptado no âmbito de uma investigação conjunta entre a PRF e o Setor de Investigações Gerais (SIG) de Dourados, que também investigava roubo de cargas na região. A droga foi encontrada entre a carga lícita de milho que o caminhoneiro carregou em Maracaju.
Segundo a PRF, Paulo César parou a carreta em Aral Moreira, cidade na fronteira com o Paraguai, onde entregou o veículo aos fornecedores para que a droga fosse escondida. O destino final seria Marau, no Rio Grande do Sul, e, como pagamento pelo transporte, o caminhoneiro receberia a própria carreta. Ele foi preso em flagrante por tráfico de drogas e encaminhado ao SIG de Dourados.
Prejuízo às organizações criminosas
Com essa apreensão, estima-se que o prejuízo às organizações criminosas ultrapasse R$ 25 milhões. Este foi o segundo grande caso de tráfico de drogas registrado em Mato Grosso do Sul em 2024. No primeiro, ocorrido em maio, a PRF apreendeu 26,1 toneladas de maconha, juntamente com armas e munições.
No caso de maio, o motorista Vanderlei Carlos Kuntz, de 50 anos, também transportava a droga escondida em uma carga de milho, vinda de Aral Moreira. Ele confessou que receberia R$ 100 mil para entregar a carga em Lajeado (RS).
Ambos os casos reforçam a posição de Mato Grosso do Sul como um dos principais corredores de entrada da droga paraguaia no Brasil, com o distrito de Sanga Puitã desempenhando um papel importante na rota de tráfico.
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