Aos 29 anos, Tim Kleindienst foi a principal surpresa da convocação alemã para os jogos contra Bósnia e Holanda, pela Liga das Nações. O atacante do Borussia Monchengladbach foi chamado pela primeira vez para a equipe nacional depois de 12 temporadas como jogador profissional.
Destaque do Heidenheim na última temporada, o atacante foi contratado pelo novo clube para 2024/25 por cerca de 7 milhões de euros. Kleindienst assumiu a camisa 11 na equipe e, rapidamente, assumiu a titularidade, com dois gols marcados em seis jogos.
Tim Kleindienst surgiu no time profissional do Energie Cottbus em 2013/14, depois de passagem pelas categorias de base do clube. Atuou pelo sub-17, sub-19 e até pelo time B. Ao todo, foram 38 partidas pela terceira divisão do Campeonato Alemão e 13 gols marcados.
Com destaque no começo, o atacante foi contratado pelo Freiburg por cerca de 250 mil euros, com apenas 20 anos. Acabou por atuar muito pouco por lá. Transitou entre equipe B e time principal, e esteve em campo em apenas dez oportunidades pela equipe antes de sair emprestado.
Atuou pela primeira vez no Heidenheim em 2016/17 e, em uma temporada, chamou a atenção. Marcou sete vezes em 28 aparições na segunda divisão e provou ao antigo clube que merecia mais tempo quando retornasse.
Disputou 31 jogos em duas temporadas na sequência pelo Freiburg e não teve tanto destaque, com os dois gols e quatro assistências. Foi comprado em definitivo pela equipe em que brilhou por empréstimo, e voltou a ter destaque. Foram 29 jogos no retorno ao Heidenheim, com 16 gols marcados. Mas foi uma volta breve: acabou por ser negociado com o futebol belga.
Comprado pelo Gent, não chegou a completar uma temporada no novo clube. A saudade chamada Heidenheim fez Tim voltar à Alemanha. E dali para frente foi história atrás de história no clube alemão.
Voltou emprestado ao clube que despontou e, menos de seis meses depois, já foi comprado em definitivo, por 3,5 milhões de euros. Foram quatro temporadas e feitos inacreditáveis com a camisa do time que completou 52 anos em 14 de agosto.
Chegou para ajudar o clube na segunda divisão da Bundesliga. Rapidamente se firmou como uma das referências técnicas da equipe. Foram 21 gols em 46 jogos nas duas primeiras temporadas. Mas só conseguiu o sonhado feito em 2022/23.
Tim Kleindienst brilhou naquela edição da 2. Bundesliga. Artilheiro do time com 25 gols marcados nos 32 jogos que entrou em campo, o camisa 10 guiou o Hendeinheim para o primeiro título relevante da história do clube, que já havia vencido algumas divisões nacionais e outras copas semiamadoras.
Na temporada seguinte, ainda mais sucesso. Recém-promovido, o Heidenheim fez história e terminou a Bundesliga na oitava colocação, na frente de clubes como Freiburg, Wolfsburg e Borussia Monchengladbach. O camisa 10, por sua vez, não decepcionou: segundo jogador que mais entrou em campo na equipe, Tim também foi o artilheiro do elenco com 14 gols em 35 jogos.
Com a oitava posição assegurada, o clube se classificou, também pela primeira vez na história, para uma competição europeia. A UEFA Conference League abria as portas para o Heidenheim fazer história no futebol europeu.
E foi aí que o Borussia Monchengladbach pagou 7 milhões de euros para melhorar o desempenho da última temporada. O começo parece de sucesso: são dois gols e uma assistência em seis partidas até aqui.
Kleindienst tem 1,94 de altura. É destro. Não é dos atacantes mais fortes. Os antigos diriam que Tim é um “pirulão”. Mas uma coisa é certa: o atacante alemão tem as qualidades certas para ser um centroavante.
Com bom posicionamento, Tim não é aquele camisa 9 que fica estático dentro da área. Por muitas vezes, cria as jogadas pelos lados e sai da marcação para encontrar colegas melhor posicionados.
É especialista na bola aérea e, no Heidenheim, era uma arma a ser utilizada nos escanteios. Algumas vezes subia no primeiro poste para dar as tradicionais “casquinhas”. Em outras se posicionava entre os marcadores para ganhar e tentar o gol por si.
Fato é que o estreante da seleção alemã tem um estilo de jogo similar ao que seria de Kiessling, do Bayer Leverkusen. Agora resta saber se esse é o começo de uma nova história no ataque da pentacampeã mundial ou apenas uma convocação incomum.
Fonte: Ogol
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