Reféns são usados pelo Hamas como moeda de troca, enquanto famílias aguardam com angústia por notícias
Após um ano de sequestro, o destino de 63 reféns, supostamente ainda vivos, permanece incerto na Faixa de Gaza. Esses cativos estão sendo usados pelo Hamas como moeda de troca, buscando um cessar-fogo e a libertação de prisioneiros.
Dos 251 reféns e corpos levados para Gaza no ataque de 7 de outubro de 2023, 117 foram libertados, sendo a maioria composta por mulheres, crianças e trabalhadores estrangeiros. Outros 97 permanecem em poder do Hamas, com 63 reféns vivos e 34 já declarados mortos pelo Exército israelense ou pelo Fórum de Famílias de Reféns. Recentemente, a morte de Idan Shtivi, de 28 anos, foi confirmada.
A maioria das libertações ocorreu durante uma trégua de uma semana em novembro de 2023. Dos reféns que se acredita estarem vivos, 56 são israelenses ou possuem dupla cidadania, enquanto sete são estrangeiros, incluindo seis tailandeses e um nepalês.
Desde o término da trégua em dezembro de 2023, apenas sete reféns foram resgatados em operações militares. No entanto, há dúvidas sobre o real estado de saúde dos sequestrados. Em agosto de 2024, o Hamas anunciou a morte de um refém em circunstâncias incertas.
A situação é agravada pela brutalidade dos confrontos. Metade dos reféns declarados mortos já havia falecido durante o ataque inicial. Ao menos 28 reféns capturados vivos morreram em Gaza, incluindo três mortos por engano em uma operação israelense.
A dor das famílias
Muitas famílias continuam vivendo a angústia de verem membros libertados, enquanto outros permanecem em cativeiro. No caso dos adolescentes franco-israelenses Eitan, Erez e Sahar, seus pais, Ohad Yahalomi e Ofer Kalderon, continuam sequestrados na Faixa de Gaza, mesmo após a trégua.
A maioria dos reféns vivos foi capturada no festival de música Tribe of Nova ou no Kibbutz Nir Oz, ambos alvos de ataques devastadores.
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