Depois de três anos, o Remo está de volta para a Série B. Junto com Volta Redonda, Athletic e Ferroviária, o clube paraense está entre os quatro clubes que conquistaram o acesso na terceira divisão que foi definida na última semana. O Leão Azul, no entanto, ficou bem perto de sequer disputar a fase derradeira da competição.
Após uma péssima larga na Série C, com apenas quatro pontos conquistados em sete jogos, o Remo precisou de uma bela arrancada para se classificar. Das oito vagas disponível durante os pontos corridos, conseguiu a última, ficando na oitava posição, com 26 pontos conquistados. Foi apenas um ponto a mais que o Náutico, que terminou na nona posição.
Mais do que isso, o Remo também precisou contar com a sorte. Na 19ª rodada dos pontos corridos, dependia apenas de si para se classificar, mas ficou no empate com o São José fora de casa. Então só restou secar os adversários. O Náutico perdeu para o Londrina e o Figueirense para o Volta Redonda. Qualquer vitória de um desses clubes colocaria fim no sonho paraense.
Nesse acesso para a terceira divisão, o Remo também conta com um personagem importante: o treinador Rodrigo Santana. Antes da sua chegada eram 4 pontos em 7 jogos. Sob o seu comando foram 22 pontos em 12 partidas. O aproveitamento saiu de menos de 20% para mais de 60%. Com sufoco, mas o suficiente.
Na segunda fase, tudo estava zerado e o sonho do acesso mais vivo do que nunca. Venceu o Botafogo da Paraíba e embalou três empates seguidos contra São Bernardo e Volta Redonda (2x). Em seguida, venceu o time paulista e se garantiu na Série B. O jogo foi emocionante, com vitória por 1 a 0 diante de um Mangueirão com mais de 54 mil pessoas. Na última rodada, já classificado, perdeu para o Belo.
“Desde que eu coloquei o pé aqui eu já acreditava e confiava muito nesse acesso, pela grandeza do Remo. Para nós era inadmissível encontrar o Remo na Série C, pelo tamanho da camisa, do Fenômeno Azul…Que não pare por aí, que o Remo tem torcida de Série A, tem torcida para disputar competições internacionais. Eu estou muito feliz, me sinto um privilegiado de hoje está tendo um acesso com um clube tão maravilhoso como é o do Remo”, disse o treinador após o acesso.
O Remo agora pensa em 2025 e discute a permanência de alguns destaques, como o goleiro Marcelo Rangel, jogador que mais atuou no ano, o meia Jáderson, e o atacante Ytalo, artilheiro na temporada e autor do gol do acesso.
O clube paraense esteve na Série B 22 vezes, sendo a última em 2021. É o ‘veterano’ entre os que subiram para a segunda divisão. Athletic será estreante, enquanto a Ferroviária não disputa a competição desde 1995 e o Volta Redonda desde 1998.
Na próxima Série B, o emblemático clássico entre Remo e Paysandu pode acontecer pela primeira vez depois de 18 anos. O Clássico Rei da Amazônia, como é conhecido, foi disputado 775 vezes, sendo apenas 16 na Série B. São cinco vitórias para cada lado e seis empates. O Papão já está na segunda divisão, mas briga contra o rebaixamento. Que venha o RE-PA.
Fonte: Ogol
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