A Nasa e a SpaceX lançaram nesta segunda-feira (14) a Clipper, a maior nave espacial da Nasa para uma missão planetária no espaço. A nave partiu da Flórida rumo à lua gelada de Júpiter Europa, que esconde em suas profundezas um enorme oceano, o qual pode abrigar vida. A missão Europa Clipper busca compreender a natureza da calota de gelo, do oceano interno, da composição e da geologia da lua, de acordo com a Nasa. A missão histórica para decifrar se “estamos sozinhos” no universo fará cerca de 50 sobrevoos na misteriosa lua gelada, com 25 quilômetros de altitude, para determinar se Europa tem condições favoráveis à vida. Durante cerca de quatro anos, a espaçonave enviará aos cientistas pistas sobre o potencial astrobiológico de mundos habitáveis além da Terra, mas a missão poderá ser estendida, como aconteceu com a Galileo, que explorou a superfície gelada da Europa há mais de 20 anos.
A agência espacial americana explicou que a espaçonave de 5 metros de altura e 30,5 metros de largura percorrerá 2,9 bilhões de quilômetros para chegar a Júpiter em cerca de seis anos e, em seguida, levará mais um ano para ajustar sua órbita e iniciar seus estudos em 2030. Acredita-se que Europa, uma das luas mais conhecidas de Júpiter, possua “água líquida, a química necessária e uma fonte de energia”, elementos indispensáveis para a existência de vida. Com seus enormes painéis solares e antenas de radar, a Europa Clipper é a maior espaçonave já desenvolvida pela Nasa para uma missão planetária. O design dos painéis é crucial para o fornecimento de energia porque a Europa Clipper vai operar no sistema de Júpiter, que está mais de cinco vezes mais distante do Sol do que a Terra.
Como a lua Europa é banhada pela radiação presa no campo magnético de Júpiter, os instrumentos e outros componentes eletrônicos da espaçonave serão colocados dentro de um cofre com paredes espessas. A ideia é blindar a nave para ir a Júpiter com um cofre de proteção contra radiação, desenvolvido e usado com sucesso pela primeira vez pela espaçonave Juno da Nasa. As paredes do cofre, feitas de titânio e alumínio, agem como um escudo contra a maioria das partículas atômicas de alta energia, o que diminui drasticamente a degradação dos componentes eletrônicos da espaçonave. A lua Europa, de acordo com a Nasa, mostra fortes evidências de um oceano de água líquida sob sua crosta gelada. Além da Terra, Europa é considerada um dos lugares mais promissores onde pode haver atualmente ambientes habitáveis no Sistema Solar.
*Com informações da EFE
Publicado por Sarah Paula
Fonte: Jovem Pan News
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