O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, recentemente divulgou um vídeo intitulado “Eu perdoo e alerto”, após se recuperar de uma tentativa de assassinato. Desde então, ele tem promovido uma série de demissões de promotores anticorrupção, diretores de museus e jornalistas, que considera adversários políticos. Seus apoiadores enxergam essas ações como uma limpeza necessária, enquanto críticos as veem como um ataque a vozes dissidentes. Fico tem sido comparado ao primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, gerando preocupações sobre uma possível deriva autoritária na Eslováquia.
O jornalista Lubos Machaj, conhecido por seu trabalho, afirmou que as ações de Fico estão minando os fundamentos da democracia. Em contrapartida, Lubos Blaha, vice-presidente do partido de Fico, justificou as medidas como uma resposta a um ambiente político hostil. Após a tentativa de assassinato, Fico se referiu ao suspeito, Juraj Cintula, como um “mensageiro do mal”, embora não existam provas que liguem Cintula a questões políticas.
O governo também tem silenciado promotores que investigavam casos de corrupção, como foi o caso de Michal Surek, que teve seu gabinete extinto e foi suspenso. Fico criticou o apoio ocidental à Ucrânia e desmantelou escritórios que atuavam no combate à desinformação russa, mas, paradoxalmente, permitiu que a Eslováquia continuasse a fornecer armas ao país em conflito. Diferentemente de Orbán, Fico não possui uma maioria no Parlamento, o que o leva a buscar apoio de partidos ultranacionalistas.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias
Fonte: Jovem Pan News
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