Tebet: Lula vetou mudanças na valorização do mínimo e vinculação de aposentadorias
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que alguns temas foram vetados pelo presidente Lula no âmbito de medidas de corte de despesas.
Entre eles, a valorização real do salário mínimo e sua vinculação à aposentadoria.
“Temos alguns debates que estão interditados pelo presidente Lula e pela equipe econômica. Salário mínimo valorizado, isso não se discute”.
“Vai haver sempre a valorização do salário mínimo. Portanto, salário mínimo crescendo acima da inflação. A aposentadoria acompanhando a valorização do salário mínimo. E as demais questões estão na mesa”
Tebet afirmou a jornalistas após se reunir esta tarde com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
De acordo com a ministra, a equipe econômica apresentará a Lula e ao Congresso medidas estruturantes, “ainda que não sejam as ideais ou as que gostaríamos”.
“São as que a política permite, que o momento político permite, lembrando que estamos há dois meses e meio do fim do ano legislativo”.
Dessa maneira, segundo a ministra, as medidas que serão apresentadas são “palatáveis e justas”.
Assim, ela comentou, há otimismo pela equipe econômica.
“Já retiramos aquilo que imaginamos que vai ficar para uma terceira etapa para não contaminar o processo e o debate, já entendendo o perfil do presidente, aquilo que ele quer de todos nós e para o Brasil. Então, nós estamos muito otimistas de que este pacote terá condições de avançar na mesa do presidente”, comentou.
Segundo a ministra Simone Tebet, o país precisa ter “coragem de rever políticas públicas que eram eficientes e não são mais”.
Até 2026, ela comentou, há até cerca de 30 medidas de revisão de gastos que podem ser apresentadas ao Congresso Nacional.
Assim, ela foi questionada sobre a eventual apresentação da medida que colocaria fim aos chamados “supersalários”.
Tebet não confirmou que essa medida de corte será apresentada, mas falou que “salário acima do limite constitucional não é desperdício, é ilegal, inconstitucional e imoral”.
“Se isso vai entrar agora [no pacote a ser apresentado ao Congresso] ou num segundo momento, depende de uma conversa que teremos com o presidente [Lula]”, falou Tebet.
A primeira etapa da revisão de gastos, ela afirmou, já foi cumprida e vai continuar, em referência ao programa que analisa, principalmente, eventuais fraudes nas concessões de benefícios sociais.
Com informações do Valor Econômico
Fonte: Inteligência Financeira



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