Ações envolvem suspeitas de corrupção e venda de sentenças no TJMS
O delegado da Receita Federal em Mato Grosso do Sul, Zumilson Custódio da Silva, anunciou que a Operação Ultima Ratio, realizada em conjunto com a Polícia Federal nesta quinta-feira (24/10), dará início à análise da origem dos valores e bens apreendidos. A operação tem como objetivo investigar um esquema de venda de sentenças judiciais envolvendo desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) e outras figuras.
Durante a manhã, 44 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em diversas cidades, incluindo Campo Grande, Cuiabá, Brasília e São Paulo. As autoridades apreenderam R$ 2,7 milhões em dinheiro, armas, munições e outros bens, além de documentos que podem comprovar o envolvimento de advogados, filhos de desembargadores e lobistas.
De acordo com Zumilson, a Receita Federal agora focará na análise patrimonial e na possível sonegação de impostos, buscando identificar ganhos ilícitos e rastrear o fluxo de dinheiro associado ao esquema. A investigação também examinará se houve evasão de divisas e ocultação de patrimônio.
Cinco desembargadores foram afastados de suas funções por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e serão monitorados com tornozeleiras eletrônicas. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul emitiu uma nota afirmando que o processo ainda está em andamento, garantindo o direito de defesa dos investigados.
A operação é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, iniciada em 2021, que já havia resultado no afastamento de conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS).




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