O equilíbrio entre as performances por clube e seleção pesou. Apesar do favoritismo de Vinícius Júnior, Rodri foi eleito o melhor jogador do mundo e recebeu a Bola de Ouro nesta segunda-feira, em Paris.
Campeão europeu com a Espanha, protagonista do Manchester City, de Pep Guardiola, campeão da Premier League, Rodri quebra, de certa forma, um paradigma de que só os atacantes ou meias ofensivos levam as premiações individuais.
Volante, funciona para o City como Busquets funcionava para o Barcelona: é, ao mesmo tempo, o equilíbrio e o desequilíbrio, a cadência e a velocidade, a calma e a intensidade. O City é um com Rodri, e outro sem Rodri. A bola passa por Rodri, e é de Rodri.
Aos 28 anos, Rodri vem da temporada de maior participação em gols por clubes: foram 13 assistências e 9 gols. Longe, ainda, dos 24 gols e 9 assistências de Vinícius, ou ainda dos 23 gols e 13 assistências de Jude Bellingham, do Real Madrid, que ficou em terceiro. Muito mais dos 38 gols do companheiro de City, Haaland, que deu ainda 6 assistências.
O que separou Rodri dos três, entretanto, foi a manutenção do alto nível por clube e seleção. A Espanha, de Rodri, foi campeã da Euro em cima da Inglaterra, de Bellingham. Haaland nem jogou o torneio com a Noruega, e Vinícius tanta dificuldade enfrentou com a seleção brasileira na Copa América…
Meia cerebral, genial, Rodri fez parecido com Modric em 2018, quando o croata superou os 44 gols de Cristiano Ronaldo pelo Real Madrid. E ainda dois passos atrás no campo. O melhor do mundo é um volante…
Horas antes de embarcar para Paris, o Real Madrid soube que Vinícius Júnior não ganharia a Bola de Ouro. O clube, que foi eleito a equipe da temporada, decidiu, então, não viajar para a França. Nenhum jogador seu, ou mesmo dirigente, foi para a capital francesa para participar da cerimônia.
O clube não lidou bem com a escolha por acreditar, inclusive, que se não fosse Vini o escolhido, Carvajal, campeão europeu por clube e seleção, teria de ser o nome apontado.
O constrangimento foi evitente em todos os prêmios direcionados ao Real Madrid ou a integrantes do clube. Didier Drogba, apresentador do prêmio, não deu muitas explicações e apenas passou para a categoria seguinte.
Além da Bola de Ouro, a noite premiou, ainda no futebol masculino, Emiliano Martínez, do Aston Villa e da Argentina, como o melhor goleiro do mundo. Foi a primeira vez que um goleiro ganhou o prêmio por dois anos seguidos. Unai Simón, de Athletic e Espanha, e Lunin, de Real Madrid e Ucrânia, fecharam o top3.
Lamine Yamal, do Barcelona e da Espanha, foi eleito o melhor jogador jovem da temporada. Carlo Ancelotti, do Real Madrid, foi eleito o melhor técnico. Assim como Vini, Ancelotti não esteve presente na premiação.
Fonte: Ogol
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