Haddad: Houve entendimento com Casa Civil sobre medidas de corte de despesas
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que houve um entendimento ontem com a Casa Civil a respeito das medidas de corte de despesas.
Ele também disse que o conjunto vai endereçar a sustentabilidade do arcabouço fiscal no longo prazo.
Apesar de questionado, o ministro não confirmou quais serão as medidas, mas disse que será encaminhado por meio de uma proposta de emenda constitucional.
“É uma fórmula que permite que esse impacto aconteça. É o impacto necessário para o arcabouço ser cumprido independentemente da dinâmica de uma rubrica ou não”, comentou.
Sobre a reunião de ontem, disse que “houve uma convergência importante em torno de um princípio de reforçar o arcabouço fiscal.
Além disso, de “uma ideia que precisa ser trabalhada juridicamente, mas que entende a Fazenda”.
Fernando Haddad também não informou quando o pacote será anunciado.
Segundo ele, o trabalho, agora, será fazer ajuste de redação na proposta de emenda constitucional a ser enviada ao Congresso.
“Se encaminhar dessa maneira, deve entrar numa emenda constitucional”, falou.
“A dinâmica das despesas obrigatórias tem que caber dentro do arcabouço. A ideia é fazer com que as partes não comprometam o todo”.
“E o arcabouço tenha sustentabilidade de média e longo prazo, que é a dúvida do mercado”, falou Haddad aos jornalistas na saída da Fazenda.
Questionado sobre mudança em vinculações, se limitou a dizer que despesas precisam caber no arcabouço.
Fernando Haddad disse que ainda não houve conversas com o Congresso, já que somente ontem houve convergência.
Agora, haverá conversas com os líderes.
“Ao lidar com finanças públicas, não pode errar”, respondeu o ministro ao ser questionado sobre uma eventual demora, apontada pelo mercado, na apresentação da proposta.
O ministro da Fazenda também confirmou, assim, que a meta de resultado primário este ano (déficit zero) será cumprida.
Além disso, que as projeções de arrecadação “continuam boas” e que o mês “termina bem” com o último relatório bimestral.
“Uma semana [a mais na apresentação da proposta] não vai prejudicar, pelo contrário, você melhora ainda mais”
“Até entendo a inquietação, mas tem gente especulando em torno de coisas”, respondeu Fernando Haddad.
No entanto, ao ser questionado sobre se o mercado está nervoso à toa, Haddad disse: “Espero que sim”.
“Entendo a inquietação, faz parte, o mundo está nervoso pela eleição nos EUA, desaceleração na China. Há vários elementos que estão compondo esse quadro”, avaliou.
Com informações do Valor Econômico
Fonte: Inteligência Financeira



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