Operação Infiliatio apura inserção de dados falsos no sistema do TSE, vinculando Lula ao partido de Bolsonaro
Agentes da Polícia Federal (PF) cumpriram, nesta manhã, um mandado de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul para investigar a inserção de dados falsos no Sistema de Filiação Partidária (Filia) do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A ação investiga a suposta filiação fraudulenta do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao Partido Liberal (PL), legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, seu opositor na eleição de 2022.
Denominada Operação Infiliatio, a investigação começou após o TSE registrar uma notícia-crime identificando o nome de Lula como filiado ao PL. Em comunicado à imprensa, a PF esclareceu que não houve uma invasão ao sistema Filia, mas que um pedido fraudulento de filiação foi encaminhado ao TSE contendo dados falsos, aprovado após a etapa de moderação realizada por um funcionário do PL, cuja atuação também está sendo investigada.
A PF apurou que o uso de informações falsas para a filiação teve início já no procedimento inicial do cadastro. O processo de filiação é regido pela Resolução nº 23.596, de 2019, do TSE, que regulamenta a forma de envio dos dados de filiados à Justiça Eleitoral.
Os envolvidos podem responder por invasão de dispositivo informático, falsidade ideológica e falsa identidade. A investigação continua para apurar possíveis fraudes adicionais e entender a motivação dos responsáveis.
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