Grupo tentou obter financiamento com documentos falsos para aquisição de banco autorizado pelo Banco Central
A Polícia Federal deflagrou a “Operação Wolfie” nesta quarta-feira, visando desmantelar uma tentativa de fraude de R$ 300 milhões contra o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Três indivíduos foram presos por tentarem obter financiamento usando documentos falsificados, com o objetivo de permitir que uma fintech, ligada ao crime organizado, especificamente ao PCC, adquirisse um banco com autorização do Banco Central.
A operação foi autorizada pela 9ª Vara Federal de Campinas e investiga crimes como falsidade ideológica, uso de documentos falsos, associação criminosa e fraudes para obtenção de financiamento. As investigações tiveram início a partir de dados colhidos na “Operação Concierge”, que desmantelou uma rede de lavagem de dinheiro operada por bancos digitais irregulares. No total, fintechs envolvidas nesse esquema movimentaram cerca de R$ 7,5 bilhões.
A Polícia Federal descobriu que uma das empresas investigadas havia solicitado um financiamento ao BNDES poucos dias antes da “Operação Concierge”, utilizando documentação fraudulenta. A tentativa, no entanto, foi frustrada quando o BNDES, através de seus sistemas de controle, detectou a falsificação e bloqueou a liberação dos recursos. Em nota, o BNDES reforçou que seus processos de segurança foram eficazes ao impedir a habilitação da fintech envolvida na fraude.
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