A eleição presidencial nos Estados Unidos está marcada para a próxima terça-feira (5), seguindo a tradição de ocorrer na primeira terça-feira após a primeira segunda-feira de novembro desde 1845. Este ano, a vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump estão em campanha para o confronto eleitoral de 5 de novembro, que já é considerado por especialistas como uma das disputas mais acirradas da história moderna americana. Cada estado conduz o processo eleitoral de forma independente, o que adiciona uma camada de complexidade ao já intrincado sistema eleitoral americano. Nos Estados Unidos, o processo eleitoral difere significativamente do Brasil, pois os eleitores não votam diretamente em um candidato presidencial.
Em vez disso, eles votam em 538 membros do colégio eleitoral, que designam o vencedor da disputa à Casa Branca em nome dos eleitores. Cada estado recebe um número de delegados baseado em sua população. Por exemplo, a Califórnia possui 54 delegados, enquanto Wyoming, o menos populoso, tem apenas três. Para vencer, um candidato precisa de pelo menos 270 dos 538 votos eleitorais. A maioria dos estados adota o sistema Winner Takes All, onde o candidato que ganha a maioria dos votos populares em um estado leva todos os delegados daquele estado. Apenas Nebraska e Maine dividem seus votos eleitorais entre os candidatos.
Os swing States, ou Estados pêndulo, desempenham um papel crucial na eleição, pois são estados que alternam entre os dois partidos e não seguem uma previsibilidade partidária. Este ano, sete estados são considerados swing States: Pensilvânia, Geórgia, Michigan, Wisconsin, Nevada, Arizona e Carolina do Norte. Esses estados representam cerca de um quinto do total de votos do colégio eleitoral. A eleição pode ser decidida por uma pequena diferença de votos nesses estados. Além disso, muitos eleitores já terão votado antes do dia oficial da eleição, pois a maioria dos estados permite a votação antecipada presencial ou por correio, visando aumentar a participação e reduzir aglomerações. Em 2020, mais de 100 milhões de americanos votaram antecipadamente, um recorde atribuído à pandemia de Covid-19.
Desde sua derrota em 2020, Donald Trump questionou a credibilidade da votação por correio, alegando sem evidências que o processo foi fraudado, o que gerou preocupações entre especialistas. Os primeiros resultados não oficiais podem ser anunciados assim que as urnas fecharem na costa oeste às 20h, horário local. Normalmente, a mídia americana declara o vencedor na noite da eleição com base em projeções, mas o resultado oficial pode demorar, como em 2020, quando foram necessários quatro dias para anunciar o novo presidente. A confirmação oficial depende da certificação da contagem de votos por cada estado, o que pode prolongar o tempo de apuração. Somente após essa certificação, o país saberá quem será a 47ª pessoa a ocupar a Casa Branca.
Publicado por Luisa Cardoso
Fonte: Jovem Pan News
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