A Inglaterra fez sua última partida sob o comando de Lee Carsley neste domingo. A vitória por 5 a 0 sobre a Irlanda garantiu o acesso para a divisão de elite da Nations League. Agora, Thomas Tuchel assume a missão de preparar os ingleses para a próxima Copa do Mundo.
O alemão vai comandar a Inglaterra a partir de 2025 e tem a vantagem de não assumir diretamente após a saída de Southgate. Tuchel vai poder analisar o período de Lee Carsley, se aproveitando dos pontos positivos e lidando com os negativos
O tempo de Lee Carsley no comando da seleção inglesa foi curto. Apenas um semestre no cargo, com seis jogos disputados, sendo cinco vitórias e apenas uma derrota. Porém, o irlandês teve tempo de sobra para dar seu toque ao English Team.
Com o próprio Carsley assumindo que a Inglaterra precisava de um técnico conceituado e vencedor, o interino utilizou seu tempo no comando como um “período experimental”. Ele testou jogadores de titular, convocou novos, colocou outros no banco e dividiu opiniões ao longo dos seus seis meses no comando da seleção.
Provavelmente, a aposta em jovens jogadores foi o maior ponto positivo que Lee Carsley deixou para Thomas Tuchel. Antes de assumir o lugar deixado por Southgate, o irlandês era o treinador da seleção inglesa sub-21 e, com isso, aproveitou seus conhecimentos sobre as joias inglesas para fazer algumas apostas.
Sob o comando de Carsley, sete atletas com menos de 25 anos estrearam pela seleção principal. São eles: Morgan Rogers (Aston Villa), Lewis Hall (Newcastle), Taylor Harwood-Bellis (Southampton), Curtis Jones (Liverpool), Angel Gomes (Lille), Noni Madueke (Chelsea) e Morgan Gibbs-White (Notthingham Forest). Os três últimos chegaram a participar de gols na Nations League.
A convocação dos novos jogadores e o bom desempenho deles pode ajudar Tuchel a expandir seus horizontes e explorar mais jovens que têm se destacado no cenário europeu.
Uma das grandes polêmicas da “era Southgate” foi a utilização do lateral do Liverpool. Tido como um dos melhores laterais do mundo, dono de passes precisos e muita técnica, Trent Alexander-Arnold foi preterido diversas vezes por seus concorrentes Kieran Trippier e Kyle Walker.
Com Carsley no cargo, o atleta do Liverpool teve chance de voltar ao English Team como integrante da espinha dorsal do time. E deu resultado! Alexander-Arnold marcou um gol e deu uma assistência nos quatro jogos que disputou e entra com tudo na briga pela titularidade da “Era Tuchel”.
Carsley não teve medo de arriscar nos seis meses que esteve no comando da Inglaterra. O treinador não hesitou em colocar Harry Kane no banco de reservas contra a Grécia.
Na ocasião, Ollie Watkins foi titular e marcou um dos gols da vitória por 3 a 0. O resultado fez o futuro de Harry Kane na seleção inglesa ser colocado em cheque por torcedores, mas pode ser uma oportunidade para o centroavante se esforçar ainda mais em campo pela Inglaterra.
Em outra situação de testes, dessa vez com desfecho ruim para Lee Carsley e seus comandados, o treinador levou a campo: Palmer, Foden, Saka, Bellingham, Kane e Gordon. Todos de uma vez… e perdeu para a Grécia em Wembley.
Agora, cabe a Tuchel escolher como vai lidar com os pontos positivos e negativos deixados pelo irlandês, que volta para o comando da seleção sub-21.
Fonte: Ogol
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