Ministro afirma que Argentina não abandonará Acordo de Paris
O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Gerardo Werthein, afirmou que o país não abandonará o Acordo de Paris.
Mas deixou claro que o governo realiza um processo de revisão de sua posição relacionada ao tratado.
Além disso, vai rever outros compromissos assumidos anteriormente relativos ao combate às mudanças climáticas.
Em declaração ao jornal “El Observador”, desde o Rio de Janeiro por ocasião da Cúpula do G20, Werthein afirmou que a Argentina está revendo todas as suas participações em acordos climáticos.
No entanto, o país ainda não anunciou a retirada de nenhum até agora.
“Estamos simplesmente reavaliando nossas posições. Não vamos abandonar o Acordo de Paris”, disse o ministro.
As dúvidas sobre a permanência da Argentina no Acordo de Paris são fundamentadas principalmente por duas questões.
A primeira está relacionada à posição do presidente Javier Milei, que em reiterada vezes atribuiu o aquecimento climático aos ciclos naturais.
Assim, essa hipótese descartaria a tese que aponta a atividade humana como causa principal.
A outra diz respeito à ordem de retirada da delegação argentina da Conferência das Nações Unidas para a Mudança Climática (COP 29).
Outro fator que coloca em dúvida as intenções da Argentina com relação à luta contra o aquecimento global foi a eleição de Donald Trump para presidência dos Estados Unidos.
Já que ambos os países estão alinhados, em partes, sobre não prejudicar a economia nacional por acordos sobre o clima.
Durante um discurso proferido na Cúpula do G20, no Rio de Janeiro, Milei falou sobre as alterações climáticas.
Ele criticou a Assembleia Geral das Nações Unidas por querer “impor uma agenda ideológica”.
Apesar das declarações do ministro das Relações Exteriores, a dúvida paira sobre quais serão os próximos passos da Argentina com relação à agenda climática.
Em janeiro, durante a realização do Fórum de Davos, será mais uma oportunidade de avaliar a posição de Milei.
Nesse encontro, ele deve abordar suas intenções econômicas para o país e mais uma vez mostrar sua posição com relação às alterações climáticas.
Com informações do Valor Econômico
Fonte: Inteligência Financeira
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