Quinta-feira, Novembro 21, 2024
spot_img
InícioECONOMIAJuros futuros sustentam melhora e encerram pregão em baixa

Juros futuros sustentam melhora e encerram pregão em baixa

spot_img

Juros futuros sustentam melhora e encerram pregão em baixa

Os juros futuros fecharam o pregão desta quinta-feira (21) em queda moderada, na direção contrária do mau desempenho de outras das principais classes de ativos domésticos.

Após rondarem os ajustes nas primeiras horas de sessão, as taxas locais firmaram queda e mantiveram o movimento até o fim do dia. Em níveis já bastante elevados, os juros operaram sem direcionadores claros enquanto os investidores aguardam a divulgação das medidas de ajuste fiscal do governo.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento de janeiro de 2026 fechou em queda de 13,21%, do ajuste anterior, para 13,185%; a do DI de janeiro de 2027 caiu de 13,38% para 13,345%; a do DI de janeiro de 2029 recuou de 13,205% a 13,15% e a do DI de janeiro de 2031 foi de 13,045% a 12,98%.

Nos Estados Unidos, as taxas dos títulos do Tesouro americano (Treasuries) exibiam leve alta no fim da tarde. O rendimento da T-note de dez anos, referência da renda fixa americana, subia de 4,409% a 4,42%.

Participantes do mercado não souberam apontar com clareza uma razão para o bom desempenho dos juros futuros na sessão de hoje, e creditam o movimento à volatilidade natural do mercado em um dia sem novos gatilhos para os preços.

Segundo um gestor de renda fixa ouvido sob condição de anonimato, não houve nada que explicasse fundamentalmente a melhora da curva durante a tarde, mesmo diante de um novo adiamento da apresentação do pacote de ajuste fiscal.

“Já estava um pouco no preço que poderia ser que não acontecesse essa semana”, pondera este gestor, referindo-se à divulgação do pacote. Segundo ele, há um pouco de exagero do mercado ao precificar quase completamente uma alta de 0,75 ponto percentual da taxa Selic na próxima reunião do Copom, em dezembro, e é possível que alguma correção desta precificação tenha ocorrido hoje.

Conforme mostra o mercado de opções para Copom, a probabilidade precificada pelo mercado para uma alta de 0,75 ponto tem ganhado cada vez mais força e fechou em 58% nesta terça-feira, contra 37% de chance para alta de 0,5 ponto.

Em relação ao nível das taxas, um outro participante do mercado avalia que há pouco apetite do investidor local que provoque um novo movimento de abertura da curva a termo. “Ninguém quer ficar tomado (apostar no aumento dos juros) com esse nível de prêmio [de risco]”, diz.

De volta à pauta fiscal, dados de arrecadação do governo central em outubro surpreenderam positivamente, o que também pode ter contribuído para a redução do prêmio de risco nos juros de longo prazo, segundo um gestor.

De qualquer forma, a demora na apresentação dos cortes de gastos gera uma indefinição sobre os rumos da política fiscal, o que tende a pressionar as expectativas de inflação e a taxa de câmbio ao longo do tempo, diz Solange Srour, diretora de macroeconomia para Brasil da UBS Global Wealth Management, em postagem no LinkedIn. Segundo ela, esses fatores sugerem um ciclo de aperto monetário do Banco Central mais agressivo.

“Se as medidas conseguirem superar as expectativas (depois de uma possível desidratação no Congresso) e trazer uma melhora nos prêmios de risco, seria oportuno deixar o tema de ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda para os contribuintes que ganham até R$ 5.000 de lado por total falta de espaço fiscal. Só essa medida conseguiria anular todo o esforço que tem sido feito neste momento”, diz a economista.

*Com informações do Valor Econômico

 

Fonte: Inteligência Financeira

Comentários

spot_img

RELACIONADOS

- Advertisment -spot_img

NOS ACOMPANHE NAS REDES SOCIAIS

14,434SeguidoresCurtir
4,452SeguidoresSeguir
- Advertisment -spot_img