Áudios obtidos pela Polícia Federal durante uma investigação sobre uma suposta conspiração golpista no final do governo de Jair Bolsonaro revelam conversas entre o tenente-coronel Mauro Cid e um colega sobre a possibilidade de um golpe de Estado. Cid mencionou que a ação deveria ser realizada “antes do dia 12”, referindo-se à diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, marcada para 12 de dezembro no Tribunal Superior Eleitoral.
O tenente-coronel expressou sua inquietação em relação à inação de Bolsonaro após a derrota nas eleições, afirmando que “o tempo está curto”. Ele planejava discutir a situação com o presidente, ressaltando que Bolsonaro costuma esperar para avaliar quais apoios possui antes de agir. O interlocutor de Cid, identificado como “general”, era Mario Fernandes, que na época ocupava o cargo de secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência.
Mario Fernandes também foi alvo da Operação Contragolpe e está sob investigação por supostas intenções de assassinar Lula, Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A apuração revelou que Fernandes imprimiu um documento detalhando o plano de assassinatos no Palácio do Planalto e fez cópias que seriam distribuídas em uma reunião subsequente. No dia seguinte à impressão do documento, Fernandes esteve no Palácio da Alvorada, onde Bolsonaro costumava despachar na maior parte dos dias durante o final de seu mandato.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Victor Oliveira
Fonte: Jovem Pan News
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