Uma mensagem da Polícia Federal, que foi anexada ao inquérito sobre a suposta tentativa de golpe, revela uma conversa entre o tenente-coronel Sérgio Cavaliere e um interlocutor conhecido como “Riva”. Essa troca de informações ocorreu no dia 4 de janeiro de 2023, apenas três dias após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e quatro dias antes do 8 de Janeiro. Durante a conversa, Cavaliere e Riva abordaram a possibilidade de uma ruptura institucional. Riva elogiou o almirante Almir Garnier, que comandava a Marinha no governo Bolsonaro, chamando-o de “PATRIOTA” por ter deixado “tanques prontos no arsenal” (segundo a Polícia Federal, à disposição de militares que planejavam o golpe).
Além disso, Riva mencionou uma reunião que envolveu Bolsonaro, o então vice-presidente Hamilton Mourão e outros generais. Nessa ocasião, Mourão teria discutido a saída de Bolsonaro, fazendo alusão a uma tentativa de golpe de Estado que ocorreu no Peru. Riva ainda relatou que os militares teriam rasgado um documento assinado por Bolsonaro, que poderia ser um decreto relacionado ao suposto golpe.
Cavaliere, em sua fala, expressou um sentimento de covardia, afirmando que “[nós, militares] fomos covardes”. Mauro Cid, outro participante da conversa, concordou com essa avaliação: “Fomos todos, do PR e os Cmt F” — segundo a PF, ele se referia ao presidente e aos comandantes das Forças Armadas. Ele também fez uma observação sobre 1964, destacando que naquela época não foi necessário assinar nenhum documento para que a ação ocorresse.
Publicada por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Jovem Pan News
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