Quinta-feira, Novembro 28, 2024
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Após confronto, nova reunião tenta por fim a bloqueio e solucionar problema da falta de água

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Após bloqueio e ação policial com feridos, indígenas e autoridades discutem alternativas no MPF.

Uma nova reunião foi agendada para esta quinta-feira (28) na sede do Ministério Público Federal (MPF) em Dourados, visando solucionar a crise hídrica que afeta as aldeias Bororó e Jaguapiru e encerrar o bloqueio total da rodovia MS-156, que já dura quatro dias. A interdição começou na segunda-feira (25) em protesto contra a falta de água na região.

Confronto e ação policial

Na quarta-feira (27), a Polícia Militar, com apoio do Choque, realizou uma operação para desobstruir a via, o que resultou em confronto com os manifestantes. Bombas de efeito moral e balas de borracha foram utilizadas para liberar a rodovia. Duas indígenas precisaram de atendimento médico, e três pessoas foram encaminhadas à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac), sendo uma delas autuada por dano ao patrimônio público por ter depredado uma viatura.

Além disso, uma motocicleta e um trator usados no bloqueio foram apreendidos. Apesar da intervenção, os indígenas resistiram e mantiveram o bloqueio.

Exigências e impasses

Os manifestantes, liderados pelo capitão Ramão Fernandes, exigem soluções definitivas, como a perfuração de poços artesianos e o envio diário de água até a conclusão das obras. Fernandes rejeitou propostas paliativas, como o envio de caminhões-pipa, afirmando:

“Queremos um compromisso formalizado, com contrato assinado. Não vamos aceitar promessas vazias novamente.”

A crise hídrica afeta a região há mais de cinco anos, comprometendo o abastecimento das famílias e até a sobrevivência dos animais.

Negociações

Uma proposta inicial, que incluía o envio de quatro cargas d’água pela Sanesul e duas pela prefeitura de Itaporã, foi rejeitada pelos indígenas. Segundo relato do governador Eduardo Riedel (PSDB), a recusa teria sido influenciada por interesses políticos dentro da comunidade.

“O Estado não pode ficar refém de interesses políticos”, disse o governador durante um evento em Campo Grande.

Resposta oficial

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sejusp) afirmou que a ação policial foi realizada após o esgotamento das negociações e destacou o compromisso do governo com soluções pacíficas. Em nota, reforçou o apoio das forças de segurança e lamentou os episódios de confronto:

“O governo estadual se manteve em contínuo diálogo em busca de uma solução pacífica e refuta iniciativas político-eleitoreiras.”

A situação segue tensa, com a expectativa de avanços na reunião desta quinta-feira para atender às demandas das comunidades indígenas e liberar a rodovia.

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