Dólar renova recorde de fechamento após superar R$ 6 na sessão em meio à decepção com pacote fiscal
O dólar à vista exibiu forte alta nesta quinta-feira, dando continuidade ao movimento observado ontem, em meio à decepção com as medidas fiscais apresentadas pelo governo. A divisa americana encerrou o pregão em alta de 1,30%, cotada a R$ 5,9891 – novo recorde histórico de fechamento – depois de ter encostado na máxima intradiária de todos os tempos, de R$ 6,0029.
A maior percepção de risco em relação à seara fiscal no Brasil aumentou o prêmio cobrado pelos investidores para estarem posicionados nos ativos brasileiros nesta sessão, em dia com menor participação de estrangeiros nas negociações por conta do feriado de Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos.
Mesmo sem o peso de Wall Street, a liquidez no mercado de câmbio seguiu alta, se comparada ao mesmo feriado em anos anteriores, indicando a relevância da questão fiscal para os operadores. Diante da piora na percepção de risco, o dólar chegou a bater a máxima intradiária nominal da história, superando a barreira técnica e psicológica de R$ 6, mas encerrando abaixo desse patamar.
Perto das 17h05, no mercado futuro, o dólar para dezembro exibia valorização de 0,54%, a R$ 5,9915. Até esse horário foram negociados US$ 12,5 bilhões em contratos no primeiro vencimento do dólar futuro (o mercado tem negociações até 18h30), enquanto nos últimos cinco anos o montante negociado no Dia de Ação de Graças em todo o pregão foi de US$ 8,15 bilhões.
Na sessão, o real apresentou o pior desempenho frente ao dólar, da relação das 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor. O segundo pior desempenho é do peso colombiano, com a moeda americana exibindo valorização de 0,79% ante a divisa. Hoje, o euro comercial teve alta de 1,25%, a R$ 6,3224.
*Com informações do Valor Econômico
Fonte: Inteligência Financeira
Comentários