Sem acordo em vista, vítimas do Nasa Park caminham para 3ª tentativa

Reuniões com o Ministério Público ainda não resultaram em acordos; próxima audiência está marcada para 11 de dezembro

As famílias atingidas pelo rompimento da barragem Nasa Park, em Jaraguari, seguem sem acordo ou ressarcimento três meses após o incidente, ocorrido em 20 de agosto. Apesar de duas reuniões realizadas com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), as vítimas continuam sem solução para perdas materiais e financeiras.

Uma terceira reunião foi agendada para o próximo dia 11, mas os moradores estão desanimados. Luzia Ramos, de 60 anos, uma das afetadas, relatou sua frustração: “Até agora, só reuniões e falatório. Estamos no sufoco, ninguém sabe o que estamos passando”, desabafou. Luzia perdeu sua casa e meios de sustento e enfrenta dificuldades financeiras, agravadas por problemas de saúde.

Impactos e dificuldades

Além de perderem suas moradias e criações de animais, os atingidos precisam comprovar suas perdas para possíveis indenizações, processo que tem sido desgastante. Luzia revelou que está com o nome negativado e enfrenta dificuldades para custear seu tratamento de saúde, avaliado em R$ 4 mil.

“Reunião não paga conta. O MP deveria obrigar os responsáveis a arcarem com o que perdemos. Estamos sem nada e ainda temos que provar o que tínhamos dentro de casa”, afirmou a moradora, indignada.

Mediação sem avanços

No último dia 25, o Compor/MS realizou uma sessão de mediação com os responsáveis pelo loteamento de luxo onde a barragem estava localizada, buscando uma solução consensual para a recuperação ambiental e suporte às vítimas. No entanto, até o momento, nenhuma resposta foi divulgada, e os moradores permanecem sem auxílio.

A reportagem tentou contato com os responsáveis pelo Nasa Park e com o MPMS para esclarecer os avanços das negociações, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações.

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