No mercado financeiro, avaliação negativa de Lula dispara e vai a 90%; Haddad é bem avaliado

No mercado financeiro, avaliação negativa de Lula dispara e vai a 90%; Haddad é bem avaliado

A avaliação negativa do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre agentes do mercado financeiro disparou e chegou a 90%, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (4). Outros 7% consideram a administração federal regular e 3%, positiva.

O patamar de avaliação do governo pelo mercado é o mesmo do levantamento realizado em março de 2023, mas demonstra uma piora constante após bater, em julho de 2023, os 44% de negativo. Na última divulgação de março deste ano, 64% consideravam o governo negativo. De lá para cá, houve uma piora considerável.

Já, de acordo com a pesquisa, a condução do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é bem avaliada. O ministro tem 41% de positivo, 35% de regular e 24% de negativo. Ainda assim, o índice de aprovação está em queda na comparação com a última avaliação, em março deste ano. Haddad chegou a ter 65% de positivo em julho de 2023.

O resultado aparece em um cenário de questionamentos do mercado financeiro à condução da economia pelo governo federal e disparada do dólar. Um dos motivos do mau humor é o pacote de ajuste fiscal proposto por Haddad para economizar R$ 70 bilhões em dois anos. As medidas são consideradas insuficientes por integrantes do mercado.

Na segunda-feira (2), em evento da Inteligência Financeira, André Jakurski, da JGP, e Rodrigo Azevedo, da Ibiúna, dois dos maiores gestores brasileiros, verbalizaram o descontentamento do mercado com o plano de ajuste fiscal.

Voltando à pesquisa Genial/Quaest, na perspectiva do mercado financeiro, o equilíbrio fiscal é a última prioridade do governo Lula, apenas 29% dos entrevistados acreditam que o governo se preocupa com a saúde das contas públicas.

A pesquisa ouviu economistas de 105 fundos de investimento em São Paulo e no Rio de Janeiro, entre os dias 29 de novembro e 3 de dezembro.

Como é uma consulta em público específico, população finita sem cálculo de amostragem, o levantamento não tem margem de erro estimada, nem índice de confiabilidade.

Indicadores assim só são produzidos quando se tem uma amostragem pre-definida, o que não acontece este caso.

Acesse aqui a íntegra da pesquisa Genial/Quaest.

 

Fonte: Inteligência Financeira

Comentários