A passagem de Gabriel Milito à frente do Atlético Mineiro foi uma verdadeira montanha-russa. Infelizmente para os torcedores do clube, o treinador terminou sua trajetória na parte de baixo da pista.
O desempenho recente mostrou uma equipe abatida. Superado pelo Vasco nesta quarta-feira (4), pelo Brasileirão, o Atlético ainda foi derrotado por Atlético Goianiense, Athletico Paranaense e Juventude – esses últimos três rebaixados ou na luta contra a degola.
“Como eu falei, a ideia era que nós reavaliássemos o trabalho ao final da temporada, mas conversando ali pós jogo, foi perceptível o esgotamento do Milito e o entendimento de que não conseguiríamos extrair mais performance do que nós estamos tendo. Então, mudança necessária”, declarou o diretor de futebol Victor Bagy.
Já são 12 partidas do Atlético sem vencer, com assustadoras oito derrotas e quatro empates. Nesse período, o Galo marcou apenas sete gols e sofreu 19 tentos. No nacional, o clube só despencou na tabela e, nesse período, saiu do nono para o 14º lugar.
Um fato curioso é que, quando chegou à Minas Gerais, o argentino Milito teve início também com o número 12 em evidência: naquela oportunidade, porém, uma invencibilidade de mais de uma dezena de partidas.
Logo de cara, o treinador faturou o Campeonato Mineiro em cima do Cruzeiro naquele que seria o primeiro troféu de sua carreira. O Galo ainda viveu avanço na Copa do Brasil e encaminhou sua vaga no mata-mata da Copa Libertadores.
Novamente, o retrospecto inicial é “espelhado” na série que culminou na queda. A arrancada do Atlético no início da temporada teve oito vitórias e quatro empates.
Depois disso, o Galo viveu sequências instáveis, porém tidas como normais. A maratona de jogos culminou em lesões em série e a perda do estilo ofensivo que marcou o início do trabalho. O argentino se adaptou rápido, priorizou o ajuste defensivo, e atingiu as decisões da Liberta e da Copa da Brasil.
O que em teoria era um grande feito, se transformou em enorme desilusão para Milito e o Atlético Mineiro. O desempenho do clube nas finais foi decepcionante.
Pela Copa do Brasil, o revés por 3 a 1 na ida, contra o Flamengo, praticamente tirou as chances de troféu. O Galo ainda perderia o duelo da volta.
A decisão da Libertadores seria ainda mais traumática. Com um jogador a mais desde os 30 segundos de jogo, o Atlético sofreu dois gols ainda no primeiro tempo em meio à inércia de Milito. Na etapa final, o Galo esboçou uma reação, mas demonstrou incapacidade na criação de jogadas de perigo.
O retrospecto de Milito, ao fim de 62 jogos foi em 23 vitórias, 20 empates e 19 derrotas. Uma passagem que pode praticamente ser dividida entre início e fim. Pelo meio, tudo se perdeu…
Fonte: Ogol
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