Segunda-feira, Fevereiro 24, 2025
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CNI prevê crescimento da economia de 2,4% em 2025

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Relatório aponta juros elevados e redução do impulso fiscal como principais fatores para menor crescimento econômico

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta terça-feira (17) que a economia brasileira deve crescer 2,4% em 2025, após um avanço estimado de 3,5% em 2024. A desaceleração é atribuída, principalmente, à retomada do ciclo de alta de juros pelo Banco Central (BC), à evolução mais lenta na criação de empregos e à redução do impulso fiscal.

Segundo a CNI, a indústria deve crescer 3,3% este ano e 2,1% no próximo. O superintendente de Economia da entidade, Mário Sérgio Telles, destacou que o crescimento econômico está próximo do PIB potencial estimado pela confederação, o que representa a capacidade de crescimento eficiente sem pressionar a inflação.

Juros e câmbio

A CNI projeta que a taxa Selic encerrará 2025 em 12,75% ao ano, meio ponto acima da taxa atual de 12,25%. A expectativa é que o Banco Central eleve os juros até março de 2025, quando a Selic deve atingir 14,25%, mantendo-se nesse patamar até agosto, antes de iniciar um movimento gradual de queda.

Sobre o dólar, a entidade acredita que a moeda norte-americana cairá ao longo do próximo ano, atingindo uma taxa média de R$ 5,70 em 2025. Para 2024, a projeção é de câmbio médio em R$ 5,38. A redução do risco fiscal e a aprovação parcial do pacote de corte de gastos são apontadas como fatores que devem contribuir para a valorização do real.

Inflação e safra agrícola

A inflação oficial (IPCA) deve recuar de 4,8% em 2024 para 4,5% em 2025. A CNI acredita que a queda será influenciada por uma melhora na produção agrícola, com crescimento da safra e das exportações, desde que haja um cenário climático mais favorável no próximo ano.

Contas públicas e déficit fiscal

Em relação ao pacote de corte de gastos obrigatórios, a CNI prevê que 70% a 80% das medidas propostas pelo governo serão aprovadas no Congresso, representando uma economia de cerca de R$ 22 bilhões para 2025.

Apesar desse avanço, a entidade estima que o déficit primário encerrará o próximo ano em R$ 70,2 bilhões (0,6% do PIB), contra projeção de R$ 34,9 bilhões (0,3% do PIB) em 2024. Já a dívida pública bruta deve subir de 78,7% do PIB em 2024 para 81,9% em 2025.

Por fim, a CNI prevê que, dos R$ 168,3 bilhões em receitas extras necessárias para zerar o déficit primário neste ano, o governo conseguirá arrecadar apenas R$ 55 bilhões.

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