Ataque em Magdeburgo remonta tragédia de Berlim e levanta dúvidas sobre motivações políticas
Um trágico incidente abalou a cidade de Magdeburgo, no norte da Alemanha, nesta sexta-feira (20), quando um motorista avançou com seu veículo contra uma multidão em um mercado de Natal. O ataque deixou cinco mortos e mais de 200 feridos, informou a polícia local. Um suspeito, identificado como Taleb A., médico saudita de 50 anos, foi preso sob a acusação de atentado.
O crime ocorre em um momento delicado da política alemã, às vésperas das eleições legislativas antecipadas, e remete ao atentado de 2016, em Berlim, que foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI). Apesar disso, as motivações do suspeito ainda não estão claras. Segundo o chefe de governo do estado de Saxônia-Anhalt, Reiner Haseloff, o ataque teve uma “sincronização temporal” que pode ter conotação política.
O veículo percorreu 400 metros atropelando pessoas no mercado de Natal, uma tragédia que o chefe de governo estadual descreveu como inimaginável. O suspeito, que vive na Alemanha desde 2006, não tinha histórico de ligação com grupos extremistas e, de acordo com a imprensa local, chegou a criticar o que considerava perigo de islamização em publicações nas redes sociais.
No sábado (21), o chanceler Olaf Scholz visitou o local e lamentou profundamente a tragédia, afirmando que o governo atuará contra “aqueles que querem semear o ódio”. Ele pediu união entre os alemães, destacando a importância do diálogo em tempos difíceis.
As investigações continuam, enquanto a Alemanha se une em solidariedade às vítimas deste terrível incidente.
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