Dirigente do Fed defende abordagem ‘gradual, paciente e holística’ para a política monetária
A presidente da distrital do Federal Reserve (Fed) de Boston, Susan Collins, defendeu, hoje, uma abordagem “gradual, paciente e holística” para a condução da política monetária.
Em evento em Massachusetts, Collins disse que, embora a inflação tenha caído muito recentemente, nos últimos meses ela tem se mostrado mais resiliente. “Embora a inflação tenha caído de forma significativa, ela segue acima da meta e seu declínio tem sido mais lento e acidentado do que era esperado”, disse ela, ressaltando que espera que a inflação fique mais elevada que o inicialmente esperado em 2025.
Se o processo de desinflação continuar lento, Collins defende que os juros permaneçam no atual patamar por mais tempo, mas ressalta que pode haver novo afrouxamento se necessário. “Não há caminho pré-determinado”, disse ela.
Collins reiterou a mensagem que outras autoridades do Fed tem transmitido ultimamente, de que “a estratégia de política apropriada é o gradualismo e a paciência”. “Meu cenário atual está em linha com a mediana da previsão do Sumário de Projeções Econômicas (SEP) de dezembro”, de dois cortes de 0,25 ponto percentual em 2025.
Segundo ela, as preocupações com a deterioração do mercado de trabalho diminuíram com a estabilização da taxa de desemprego, enquanto os riscos inflacionários mudaram para alta, em um cenário que contém múltiplas incertezas.
Collins descreveu vários tipos de incerteza – incluindo ruídos nas leituras de variáveis econômicas importantes, características incomuns da economia pós-pandemia e possíveis mudanças políticas futuras e tensões geopolíticas.
Com a economia em boa forma no geral, mas com riscos e incertezas significativos, a dirigente afirmou que “a estratégia política apropriada é o gradualismo, ancorado pela avaliação holística de dados, análise cuidadosa e paciência” – reservando um tempo para avaliar completamente as informações adicionais, não reagindo exageradamente às leituras de dados individuais e calibrando a política reunião por reunião.
*Com informações do Valor Econômico
Fonte: Inteligência Financeira
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