Nicolás Maduro assume nesta sexta-feira (10) seu terceiro mandato na Venezuela, em um cenário marcado por crescente repressão contra opositores. Em protesto liderado pela líder opositora Maria Corina Machado, que declarou que o regime de Maduro chegou ao fim. Durante o protesto, houve relatos de que Machado foi detida à força por militares chavistas, que teriam disparado armas de fogo e a forçado a gravar vídeos antes de liberá-la. O ministro do Interior venezuelano, Diosdado Cabello, negou as acusações, classificando-as como “invenções”.
A tentativa de prender Maria Corina Machado foi vista como um sinal de fraqueza do regime de Maduro, segundo manifestantes. A ação gerou condenação internacional, com o governo espanhol criticando a repressão, Colômbia reprovando o assédio sistemático a líder e os Estados Unidos exigindo que se respeite o direito de Corina de falar livremente.
Donald Trump chamou o opositor venezuelano, Edmundo González, de presidente eleito e afirmou que tanto ele quanto Corina expressam a vontade de povo por meio de grandes manifestações contra Maduro. O presidente do Chile, Gabriel Boric, também se manifestou, pedindo esforços para restaurar a democracia na Venezuela. Especialistas, como o professor de relações internacionais Manuel Furriela, destacam que a prisão de Machado poderia ser prejudicial à imagem do governo, que já enfrenta críticas internacionais por manter presos políticos.
A posse de Maduro, cercada por denúncias de fraude eleitoral, intensifica o temor de um endurecimento da repressão no país. No poder desde 2013, presidente venezuelano não deve ser reconhecido como presidente legítimo pela maior parte da comunidade internacional. Em resposta às tensões, o exército colombiano intensificou o patrulhamento na fronteira.
Publicado por Luisa Cardoso
Fonte: Jovem Pan News
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