A maior farsa da história do País?, por Rodolpho Barreto
EM 8 DE JANEIRO de 2023, um episódio de depredações e invasões nos principais edifícios dos três poderes em Brasília foi imediatamente rotulado pelo governo Lula como uma tentativa de golpe de Estado. Agora, ao transformar o 8 de janeiro em uma celebração, o governo pretende continuar alimentando uma narrativa oportunista de “ameaça à democracia”. Assim refletiu o deputado federal Luciano Zucco: “É um discurso distorcido que tenta justificar o cerceamento da liberdade de expressão, a criminalização de civis e a prisão sem julgamento de desafetos políticos.” Nada mais ditatorial e antidemocrático. (Fonte: gazetadopovo.com)
É tudo uma grande narrativa, contraditória e seletiva, vale ressaltar. Como pode um governo que se diz “defensor da democracia” apoiar regimes autoritários como o de Nicolás Maduro, cuja fraude eleitoral é amplamente reconhecida no mundo inteiro? Zucco afirma que esse FALSO discurso de defesa da democracia tem como único objetivo deslegitimar quem se opõe ao governo e espalhar a ideia de que o Brasil corre o risco de ser governado por “antidemocratas”. Claro, o governo atual precisa seguir com a cantilena do “golpe”. Já os VERDADEIROS democratas são os que defendem justiça, a legalidade e a liberdade, não narrativas escancaradamente forjadas.
SÃO DOIS ANOS da maior farsa da história do Brasil: a suposta trama golpista do 8 de janeiro. Com base nessa falácia, o consórcio entre governo Lula, Supremo Tribunal Federal (STF) e velha imprensa promovem no país a censura e a perseguição política. Celebram o salvamento do que chamam de “democracia”, que hoje oprime e despreza os direitos humanos mais básicos. Por isso, juristas, deputados, senadores, jornalistas e parentes de envolvidos nos atos do 8 de janeiro realizaram recentemente um grande debate público, transmitido no YouTube, para apresentar o lado real da história e denunciar os abusos cometidos pelo Estado brasileiro. (Fonte: auriverdebrasil.com)
O episódio de 8 de janeiro NÃO É motivo de celebração e nem pode mais ser usado como pretexto para silenciar vozes dissidentes. Em nome da defesa da “democracia deles”, o governo viola direitos fundamentais e transforma civis em prisioneiros políticos, muitos deles sem sequer terem sido julgados ou condenados. O Estado de Direito está sendo distorcido, com prisões arbitrárias que ferem as garantias constitucionais. NÃO HÁ democracia verdadeira onde há injustiça, abuso de poder e falta de transparência nos processos judiciais. Só há democracia onde há respeito aos direitos fundamentais de todos os cidadãos. (Luciano Zucco)
LAMENTÁVEL O FATO de as autoridades responsáveis terem desperdiçado na época a chance de mostrar compromisso autêntico com a democracia ao conduzir as investigações e julgamentos dos atos de 8 de janeiro com o máximo critério e isenção, levantando provas de crimes concretos cometidos e condenando-os a penas proporcionais. Em vez disso, a PGR ignorou a necessidade de individualização da conduta, oferecendo denúncias genéricas que o STF aceitou, condenando centenas de brasileiros a penas que chegam a 17 anos em regime fechado. São pessoas comuns, trabalhadores, donas de casa, jovens e idosos…
Nos últimos 12 meses, o Brasil conheceu com mais detalhes histórias como a da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, cujo ÚNICO ATO que pode realmente lhe ser imputado foi o de escrever “perdeu, mané” com batom na estátua da Justiça diante do STF. Ela está presa até agora, longe dos dois filhos pequenos – apesar de a lei e toda a jurisprudência que garante às mães o direito à prisão domiciliar. E a denúncia contra ela só foi oferecida 14 meses depois de sua prisão, 12 meses além do prazo legal; o STF já a transformou em ré, mas ainda não a julgou. Enquanto isso, corruptos e traficantes soltos… Justiça?
MAIS UM CASO escancarado de arbítrio foi a ordem de Moraes para que mais de 200 réus ou condenados voltassem para a cadeia, em junho de 2024. Nenhum deles tinha condenação transitada em julgado, mas o ministro decretou a prisão preventiva usando como argumento o fato de alguns outros manifestantes terem conseguido deixar o Brasil. Com isso, Moraes puniu várias pessoas pelo que elas não fizeram… Democracia? JUSTIÇA? Ah, lembram do general do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do Lula, flagrado pelas câmeras entre os manifestantes, dentro do prédio? Foi preso? Ficou por isso mesmo…
Em 2006, no governo Lula, 500 invasores depredaram tudo na Câmara dos Deputados, ferindo 24 pessoas. Eram do Movimento de Libertação dos Sem-Terra. Os que foram presos rapidamente FORAM SOLTOS, exatamente sob a alegação de que, sendo réus primários, não ofereciam perigo à ordem pública – mesmo depois de terem bagunçado, destruído, depredado, vandalizado… Façam a comparação e tirem suas conclusões. Na verdade, o povo já sabe a realidade. O povo não é bobo. Tanto que, agora, em 2025, o ato de Lula pela narrativa do 8 de janeiro não tinha povo, só os mesmos aduladores de costume (artistas, ministros etc).
GOLPE, SÉRIO? Ainda que tenha ocorrido depredação: isso não teria como impedir ou restringir o expediente de quaisquer dos Três Poderes constitucionais. Era domingo! Golpe? Em prédios vazios? Não havia presidente, vice-presidente etc portanto, não tinha como depô-los. E, mesmo se esforçando muito para enquadrar tais ações no âmbito de “tentativa de golpe” ou “abolição do Estado Democrático de Direito”, estaríamos diante de “crime impossível”. Artigo 17 do código penal: “Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime”.
Nos desdobramentos mais recentes, com a divulgação de um suposto plano para eliminar Lula, Moraes e o vice-presidente Geraldo Alckmin, e o indiciamento de Jair Bolsonaro e dezenas de outras pessoas no caso da “minuta”, o arbítrio também se fez presente, como na prisão INJUSTIFICADA do general Braga Netto e na mudança radical de versões no caso do ex-assessor Filipe Martins: ele foi mantido preso por meses devido a uma viagem que nunca fez, mas as autoridades, em vez de reconhecerem o erro, simplesmente passaram a dizer que tudo não passava de um estratagema para enganar os investigadores…
UM PRESIDENTE da República que gosta de afagar ditadores; um presidente do Senado que não mexe um dedo para fazer qualquer contrapeso aos desmandos do STF; um presidente da Câmara lento para defender seus colegas; ministros do STF especializados na censura e na perseguição a críticos. Enfim, o termo “simbólico”, no caso do tal “abraço simbólico à democracia”, nunca fez tanto sentido, porque não há nada verdadeiro ali de apreço aos direitos, garantias e princípios democráticos. Não é exagero dizer que, provavelmente, abraçar a democracia só serve para facilitar que todos continuem apunhalando-a pelas costas…
“Toda a narrativa do 8 de janeiro foi montada para encobrir o verdadeiro golpe de estado no Brasil, que consistiu na tomada do poder pelo consórcio PT-STF. Tudo fez parte do golpe jurídico ou judicial que esquematizou a volta ao poder de um ex-presidiário condenado por corrupção e lavagem de dinheiro por nove juízes em três instâncias da Justiça. A exemplo do que aconteceu nos Estados Unidos em 2020, a grande mídia e as universidades se uniram ao grande esquema de censura e perseguição de adversários políticos. O resultado é o que temos hoje: um regime ditatorial destruindo o país e vampirizando todas as forças da sociedade.” (Paulo Briguet).
Fonte: Dourados News
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