Quarta-feira, Janeiro 22, 2025
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Policiais são absolvidos de “frete seguro”, mas condenados a 19 anos por tráfico

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Acusados de ligação com organização criminosa, ex-servidores da Polícia Civil perderão os cargos

Os policiais civis Alexandre Novaes Medeiros, de 42 anos, e Anderson César dos Santos Gomes, de 48, foram condenados a 19 anos, quatro meses e 12 dias de reclusão em regime fechado, pelo envolvimento com tráfico de drogas, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Ambos também serão exonerados da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul após o trânsito em julgado da sentença.

Operações e apreensões

Os dois foram investigados nas operações Snow e Safe Shipping, conduzidas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). As apurações apontaram que, entre janeiro de 2022 e setembro de 2023, os policiais integraram uma organização criminosa responsável pelo transporte de drogas, período em que receberam R$ 960 mil por seis viagens realizadas.

Em setembro de 2023, o Departamento de Operações de Fronteira (DOF) apreendeu 538,1 kg de cocaína em uma residência em Dourados. No local, Alex Ferreira Mativi, responsável por armazenar os entorpecentes, foi preso em flagrante. Ele também foi condenado a 19 anos, um mês e 18 dias de prisão.

Decisão judicial

Embora inicialmente acusados de usarem viaturas da Polícia Civil para transportar drogas, Alexandre e Anderson foram absolvidos dessa prática, pois não ficou comprovado o uso oficial dos veículos e recursos públicos. Contudo, foram condenados pelos crimes relacionados ao tráfico.

Além da pena de reclusão, bens apreendidos, incluindo cinco veículos e R$ 80 mil em espécie, foram destinados ao Funad (Fundo Nacional Antidrogas). Outros bens não utilizados no tráfico, como uma casa em Ponta Porã e alguns veículos, permanecerão com os réus e seus familiares.

Prisão preventiva e exoneração

Os condenados permanecem presos preventivamente devido ao risco de fuga e para preservar a ordem pública. Conforme determinação do juiz Marcelo da Silva Cassavara, da 1ª Vara Criminal de Dourados, os acusados não poderão recorrer em liberdade.

O processo segue em segredo de Justiça, mas embargos apresentados pela defesa de um dos réus indicam que parte do caso pode ser reavaliada em segunda instância. A exoneração dos policiais será formalizada após o trânsito em julgado da sentença.

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