Mãe da vítima é presa por maus-tratos com resultado morte; laudo aponta precariedade e possível asfixia mecânica
O exame de necropsia realizado no corpo da bebê de sete meses, que chegou sem vida à Santa Casa de Bataguassu na última quinta-feira (23), revelou lesões graves e cicatrizes antigas na região abdominal da vítima. A criança apresentava rigidez cadavérica e extremidades arroxeadas no momento do atendimento.
De acordo com a Polícia Civil, a Delegacia de Atendimento à Mulher foi acionada pela unidade de saúde. Em conversa preliminar, o médico plantonista informou sobre diversas lesões no corpo da bebê.
Nas investigações, constatou-se que a mãe da vítima, identificada como J.S.S., de 21 anos, fazia uso excessivo de álcool e tabaco. Na noite anterior ao incidente, ela teria consumido uma caixa de cerveja junto com a mãe e o padrasto.
Laudo aponta causa mortis e lesões
O exame identificou hemorragia subdural difusa, comum em casos de traumatismo cranioencefálico, associada a asfixia mecânica secundária. Entre as lesões descritas estavam:
- Cicatrizes antigas na região abdominal, inguinal direita e joelhos;
- Equimose na parte posterior da cabeça;
- Sangramento pelo ouvido direito.
A causa provável da morte foi identificada como traumatismo cranioencefálico com hemorragia subdural aguda.
Condições precárias e prisão
A perícia realizada na residência confirmou que a criança vivia em condições de extrema precariedade. Questionada sobre os ferimentos, a mãe alegou não saber as causas, dizendo que acordou às 7h da manhã e encontrou a filha já sem sinais vitais.
Diante das evidências, J.S.S. foi presa em flagrante por maus-tratos com resultado morte e será apresentada em audiência de custódia. O caso segue sob investigação para esclarecer as circunstâncias que levaram à morte da bebê.
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