Encontro reúne especialistas e comunidades locais para revisão estratégica e ações de conservação
O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), em parceria com a Mupan – Mulheres em Ação no Pantanal e a Wetlands International Brasil, realizou ontem (27) uma oficina no Parque Estadual Matas do Segredo, em Campo Grande. O evento teve como foco a revisão do plano de manejo do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro (PEPRN), reunindo representantes de instituições públicas, sociedade civil, pesquisadores e comunidades locais.
O plano de manejo é um instrumento essencial para a gestão de unidades de conservação, estabelecendo diretrizes para a proteção da biodiversidade e o uso sustentável dos recursos naturais. A atualização desse documento busca incorporar novos dados científicos e atender às demandas ambientais e sociais atuais, promovendo uma gestão mais eficiente e inclusiva.
Diálogo e colaboração
Durante o encontro, foram debatidos temas como biodiversidade, manejo sustentável, ecoturismo e os impactos ambientais que afetam a região. Representantes das comunidades locais, gestores ambientais e especialistas compartilharam experiências e sugestões para o fortalecimento das estratégias de conservação.
André Borges, diretor-presidente do Imasul, destacou o caráter participativo da iniciativa: “Queremos garantir que o plano de manejo reflita as necessidades atuais e futuras do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro, com foco na proteção ambiental e no bem-estar das comunidades”.
José Longo, da Fibracom Consultoria, responsável pela revisão do plano, também ressaltou a importância do evento. “Consolidar o diagnóstico socioambiental do parque é essencial. Ações como o manejo integrado do fogo e a regularização fundiária são pilares para a conservação e o uso sustentável da área”, afirmou.
Ações conjuntas e parcerias
Hugo de Jean Leite, coordenador estadual da Defesa Civil, destacou a importância da articulação institucional. “Planejamentos conjuntos permitem respostas mais eficazes a crises, como incêndios e estiagens. Nosso papel envolve suporte logístico e recursos para garantir eficiência na prevenção e gestão de emergências”, explicou.
Áurea Garcia, da Mupan e Wetlands International, reforçou a relevância estratégica do encontro. “Estamos alinhando ações integradas, como o manejo do fogo e o programa Corredor Azul, que busca promover a sustentabilidade do parque. A ideia é consolidar essas iniciativas dentro do plano de manejo”, pontuou.
Visão das comunidades locais
Leonardo Tostes Palma, gerente de unidade de conservação, destacou o impacto do evento para as comunidades próximas ao parque, como no Passo do Lontra. “O encontro busca integrar ações pontuais ao plano de manejo e garantir uma gestão coordenada. Vamos apresentar os resultados às comunidades locais, ouvir suas demandas e ajustar estratégias para atender às necessidades dessas populações que dependem diretamente da fauna e flora do parque”.
Próximos passos
O evento foi aberto ao público e reforçou a importância da participação coletiva para o sucesso da gestão ambiental em Mato Grosso do Sul. A expectativa é que a revisão do plano de manejo do PEPRN fortaleça as ações de conservação e garanta a sustentabilidade da unidade de conservação, beneficiando tanto o meio ambiente quanto as comunidades que dependem dele.
A oficina marca mais um passo no compromisso de Mato Grosso do Sul com a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável da região pantaneira.
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