Líder norte-coreano descarta recuo e prevê confronto inevitável com nações hostis
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, declarou que o país continuará desenvolvendo seu programa nuclear “indefinidamente”, segundo informações divulgadas pela agência estatal KCNA nesta quarta-feira (29). A afirmação ocorre poucos dias após o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizar abertura para retomar diálogos com Pyongyang.
Durante uma inspeção a uma instalação de produção de material nuclear, Kim ressaltou que 2025 será “um ano crucial” para fortalecer o arsenal nuclear norte-coreano e mencionou um confronto “inevitável” com nações hostis.
“É nossa firme postura política e militar, e nossa invariável tarefa e nobre dever, desenvolver a posição de contra-ataque nuclear indefinidamente”, declarou o líder norte-coreano. O regime justifica o programa nuclear como uma medida de defesa contra ameaças dos Estados Unidos e de seus aliados, especialmente a Coreia do Sul, com quem mantém um estado de guerra técnico desde os anos 1950.
Apesar das severas sanções econômicas impostas à Coreia do Norte, Pyongyang reafirmou em 2022 que seu status como potência nuclear é “irreversível”.
Diante das novas declarações de Kim, uma fonte do Conselho de Segurança Nacional dos EUA afirmou que Trump buscará “a completa desnuclearização da Coreia do Norte, assim como fez em seu primeiro mandato”, conforme relatado pela agência Yonhap.
Durante sua gestão anterior, Trump se encontrou com Kim em três ocasiões, tornando-se o primeiro presidente americano a se reunir com um líder norte-coreano enquanto estava no cargo. Em uma recente entrevista, Trump reafirmou que está disposto a “estender a mão” ao líder norte-coreano e o chamou de “um cara inteligente”.
No entanto, os esforços diplomáticos anteriores não resultaram em avanços concretos para a desnuclearização. Após a pandemia, a Coreia do Norte intensificou seu programa armamentista, incluindo o desenvolvimento de armas atômicas.
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