Redução no valor da cesta e aumento do salário mínimo diminuem tempo de trabalho necessário para aquisição
Após seis meses consecutivos de alta, o preço da cesta básica em Dourados registrou uma queda de 2,10% em janeiro de 2025. O levantamento foi realizado pelo Projeto de Extensão Índice da Cesta Básica do Município de Dourados, do curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), sob coordenação do professor Enrique Duarte Romero. A pesquisa abrangeu a última semana de janeiro e a primeira de fevereiro deste ano.
De acordo com o estudo, o custo da cesta básica em dezembro de 2024 era de R$ 667,66, representando 47,28% do salário mínimo vigente na época (R$ 1.412,00). Com a redução nos preços e o reajuste do salário mínimo para R$ 1.518,00, o valor da cesta caiu para R$ 653,60, o que corresponde a 43,05% da nova remuneração mínima.
Café em alta e produtos em queda
Entre os 13 itens que compõem a cesta básica, nove apresentaram redução nos preços. As maiores quedas foram registradas na banana (-13,49%), no feijão (-6,34%) e na farinha de trigo (-5,97%). Em contrapartida, quatro produtos tiveram aumento, com destaque para o café, que subiu 3,09%, seguido pela margarina (2,73%), batata (1,99%) e óleo de soja (0,28%).
Diferença de preços entre estabelecimentos
O levantamento também ressaltou a importância da pesquisa de preços antes das compras. A variação entre estabelecimentos chegou a R$ 164,47, o que representa 27,45% do valor total da cesta. Por isso, os consumidores são orientados a consultar as pesquisas do Procon de Dourados para identificar as melhores ofertas.
Poder de compra em alta
O estudo mostrou ainda que o tempo de trabalho necessário para adquirir a cesta básica diminuiu. Em dezembro de 2024, um trabalhador douradense precisava dedicar 104 horas e 2 minutos para comprar todos os itens. Já em janeiro de 2025, com a queda nos preços e o aumento do salário mínimo, esse tempo foi reduzido para 94 horas e 43 minutos, evidenciando um ganho no poder de compra da população.
Comparativo com outras cidades
No cenário nacional, São Paulo registrou a cesta básica mais cara em janeiro, custando R$ 851,82, seguida por Florianópolis (R$ 808,75) e Rio de Janeiro (R$ 802,88). Já os menores valores foram encontrados em João Pessoa (R$ 618,64), Recife (R$ 598,72) e Aracaju (R$ 571,43). Em Campo Grande, o valor da cesta básica foi de R$ 764,24 no mesmo período, superior ao registrado em Dourados.
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