Sábado, Fevereiro 22, 2025
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Brasil avalia resposta aos EUA após taxação de 25% sobre aço e alumínio

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Governo estuda reintrodução de cotas e possível adoção de medidas de reciprocidade

O governo brasileiro está analisando possíveis respostas às novas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre as importações de aço e alumínio. O presidente norte-americano Donald Trump assinou recentemente um decreto que estabelece uma sobretaxa de 25% sobre esses produtos, afetando diretamente o Brasil, principal fornecedor de aço para o mercado americano. Atualmente, as exportações brasileiras de aço para os EUA somam cerca de US$ 6,3 bilhões por ano, enquanto a China, segunda maior fornecedora, exporta aproximadamente US$ 1 bilhão.

O vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro da Indústria e Comércio, destacou que não é a primeira vez que o Brasil enfrenta medidas semelhantes por parte dos Estados Unidos. Em situações anteriores, a adoção de um sistema de cotas contribuiu para reduzir os impactos negativos. Alckmin enfatizou a importância do diálogo e da manutenção da parceria comercial entre os dois países, que considera equilibrada e benéfica para ambas as nações. A possibilidade de reintroduzir cotas está sendo considerada como uma das soluções para mitigar os efeitos das novas tarifas.

Na semana passada, o presidente Lula sinalizou que o Brasil poderá adotar o princípio da “reciprocidade” caso as exportações brasileiras continuem sendo taxadas, o que poderia incluir a aplicação de tarifas sobre produtos norte-americanos. No entanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, adotou uma postura mais cautelosa, afirmando que o governo aguardará uma decisão oficial dos Estados Unidos antes de definir qualquer medida de retaliação. Haddad também negou a existência de planos para taxar empresas de tecnologia norte-americanas, ressaltando que o presidente Lula ainda será consultado sobre o tema.

O cenário segue em análise, com o governo brasileiro buscando um equilíbrio entre a defesa dos interesses da indústria nacional e a preservação das relações comerciais com os Estados Unidos.

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