Exportações somam US$ 739 milhões, com destaque para a celulose e carne bovina; China segue como principal destino
Mato Grosso do Sul registrou um crescimento de 9,5% no superávit da balança comercial em janeiro de 2025, alcançando US$ 529 milhões. As exportações também avançaram, com alta de 0,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando US$ 739 milhões. Os dados foram divulgados na última sexta-feira (10) pela Carta de Conjuntura Comércio Exterior da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).
A celulose foi o principal produto exportado, representando 53,3% do valor total das exportações, o equivalente a US$ 394,1 milhões. O destaque se deve a um aumento expressivo de 186,6% nas receitas em comparação com janeiro de 2024. Na sequência, a carne bovina contribuiu com 13,9% da pauta de exportações, somando US$ 102,5 milhões.
No panorama dos setores exportadores, a Indústria de Transformação apresentou crescimento de 51,9% em valor e 47,8% em volume. Em contrapartida, a Agropecuária registrou queda de 86% na movimentação e 85,7% em volume. Já a Indústria Extrativa também sofreu retração, com redução de 25,3% no rendimento. Outros produtos tiveram crescimento expressivo, com alta de 11.411% na receita e 3.232% em volume.
A economista Bruna Mendes, coordenadora de economia da Semadesc, destacou o bom desempenho do estado. “O constante superávit comercial evidencia a capacidade econômica de MS. As exportações cresceram de US$ 383,4 milhões em 1997 para US$ 10,6 bilhões em 2023, com um avanço significativo a partir de 2005”, explicou.
O secretário de Estado, Jaime Verruck, atribuiu o resultado à política de desenvolvimento do governo. “O balanço de exportações reflete a expansão da indústria de transformação e da agroindústria sul-mato-grossense, com destaque para o crescimento de 51% em relação ao mesmo período do ano passado”, disse. Ele ainda ressaltou o impacto positivo da cadeia da celulose, impulsionada pelo início das operações da Suzano em Ribas do Rio Pardo, além da forte demanda da China, principal parceiro comercial do estado, responsável por 41% das exportações.
Cidades e destinos em destaque
Entre os municípios, Três Lagoas liderou o ranking de exportações, com 31,1% do total, registrando um aumento de 30,8% em relação ao ano anterior. Ribas do Rio Pardo ficou em segundo lugar, com 25,1% de participação e um impressionante crescimento de 5.933% em comparação com janeiro de 2024. Campo Grande aparece com 6,5% do total exportado.
No cenário internacional, a China permanece como o principal destino dos produtos sul-mato-grossenses, absorvendo 41,7% das exportações. Outros países também se destacaram, como a Itália, com um aumento de 245,5%, e Bangladesh, que registrou um crescimento de 497,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
Portos e importações
O Porto de Santos foi o principal canal de escoamento das exportações em janeiro, respondendo por 60,4% do total exportado. O Porto de Paranaguá aparece em seguida, com 20,9% de participação.
Já as importações tiveram uma queda de 15,7%, totalizando US$ 209 milhões. O principal item da pauta foi o gás natural (liquefeito ou não), representando 46,5% do total importado, com uma redução de 20,1% em comparação ao mesmo período de 2024.
O secretário Jaime Verruck concluiu destacando a importância dos resultados: “O aumento das exportações reflete diretamente no crescimento do PIB do Mato Grosso do Sul, que tem previsão de alta de 4,4% ao ano, demonstrando o impacto positivo das políticas de desenvolvimento econômico.”
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