Os países integrantes do BRICS, juntamente com outras nações parceiras, estão se unindo para enfrentar os desafios impostos pela Inteligência Artificial (IA) no mercado de trabalho. Durante dois dias de reuniões intensas, representantes do Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos discutiram medidas regulatórias conjuntas para garantir o uso ético da tecnologia. As discussões foram divididas em quatro sessões, abordando o impacto da IA no mercado de trabalho, a transformação digital para novos setores, o desenvolvimento de políticas de proteção social para trabalhadores afetados e o incentivo ao aprendizado para jovens e idosos.
Entre as principais preocupações do grupo de trabalho está a criação de políticas de proteção social para aqueles que perderem seus empregos devido às transformações tecnológicas. A rápida evolução da IA tem potencial para substituir diversas funções, o que pode resultar em desemprego para muitos trabalhadores. Para mitigar esse impacto, os países do BRICS estão empenhados em desenvolver estratégias que garantam uma transição justa para os trabalhadores, assegurando que eles tenham acesso a novas oportunidades de emprego e a programas de requalificação.
Além disso, há um esforço significativo para estimular o desenvolvimento de habilidades em jovens e idosos, visando sua inclusão nas novas tecnologias. A chefe da assessoria especial de assuntos internacionais do Ministério do Trabalho e Emprego, Maira Lacerda, destacou o balanço positivo das reuniões, ressaltando a qualidade das contribuições dos países e o interesse em cooperação internacional. A capacitação contínua é vista como essencial para preparar as futuras gerações e a força de trabalho atual para um mercado cada vez mais digitalizado.
Maira Lacerda expressou otimismo quanto à elaboração de uma declaração conjunta dos ministros do trabalho do bloco, com propostas concretas e objetivas, prevista para ser assinada em abril. Ela observou que, embora os países tenham características distintas, há um consenso sobre a necessidade de treinamento e preparação das pessoas para lidar com a IA de forma ética. A regulação da IA é vista como uma prioridade, com ênfase em uma abordagem internacional para garantir uma governança de qualidade. A percepção geral é de que a IA não é uma ameaça, mas sim uma tecnologia que deve ser abordada com conhecimento e responsabilidade, promovendo benefícios para toda a sociedade.
*Com informações de Soraya Lauand
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Jovem Pan News
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